segunda-feira, 30 de abril de 2007

MOTOfoneF3


Vendo celular pré-pago, não habilitado, para operadora Vivo, novinho em folha. Ótimo para quem precisa usar duas únicas funções: fazer ou atender chamadas, ou seja, presente ideal para mães não informatizadas Valor a negociar, mas já adianto que é baixo.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Entrega das chaves

Querida nova moradora,

Talvez pareça o paraíso, simplesmente a melhor coisa do mundo fazer uma mudança para ir morar com o namorado num apartamento maior, num bairro melhor e deixar o velho apartamento alugado (e o aluguel também) para trás. Talvez realmente seja. O que não torna a saída da “Torre do Sol” uma coisa fácil.
Morei ali por 13 anos, meus porteiros literalmente me viram crescer, talvez por isso eu engasgue na hora em que me despedir deles. O porteiro da manhã, Seu Luis, é pai do porteiro da tarde, Seu Luis também. Ambos são muito prestativos, extremamente confiáveis e colorados. Seu Miguel, porteiro da noite, foi meu parceiro de muitas discussões futebolísticas e flautas, nas minhas chegadas e saídas, já que ele é gremista e tão fanático quanto eu. Esse mesmo Seu Miguel acompanhou várias chegadas na madrugada, grande parte delas que eu prefiro nem lembrar, ou melhor, que eu realmente mal lembro e espero que ele também não.

Uma chave reserva na portaria faz milagres e que fique registrado que eles não entregam ela nem sob tortura se a pessoa não estiver autorizada a subir.
Nunca me contrataram como arquiteta do prédio, então não me culpa pela decoração da portaria nem pelas campainhas e interruptores em dourado envelhecido de plástico espalhadas pelos corredores. E por falar em decoração, o prédio conta com um salão de festas onde tu vai poder assar muitos dos teus churrascos, desde que não se importe com as cadeiras e as toalhas de plástico, nem com as samambaias do zelador.
Vizinhos... nunca fiz amizades fora aquele oi mais sorriso, típico de elevador; e olha que tem vizinho que não acaba mais. Já inimizades... Bom, terá uma vizinha de andar com a qual tive um “pequeno” desentendimento, nada grave, já que não cheguei a jogar ela pelo décimo sexto andar. Graças a esta inimizade as pessoas não podem fumar no corredor (ponto para mim) nem tomar banho de sol no playground, vulgo PG (ponto para ela). Ela é amiga da síndica, chefe do comitê do sei lá o quê do edifício, melhor respeitar. Como eu fiz, mandando ela enfiar o cigarro imagina bem onde. Fora ela, o resto é gente fina. Muitos idosos, muitos médicos, muitos estudantes. Mas ainda bem que tu tem namorado; em 13 anos vi um único homem bonito pelos elevadores, e nem devia ser morador. Por sinal, muito cuidado: mulher bonita, vi muitas.

Quando pegar um táxi para casa, é só dizer que tu quer descer ali na Independência, entre a Coronel Vicente e a Pinto Bandeira, em frente a Santa Casa. Se for um taxista da Rodoviária ele vai querer o teu pescoço.
Se quiser dizer para qualquer homem dos seus trinta anos para cima onde é teu novo AP, basta dizer que é ali no Centro Comercial, onde ficava a Mega Force. Todos sabem!
O supermercado é mais caro, vive cheio, sempre tem coisas faltando, se está vazio só tem um caixa funcionando, mas tem um pão de queijo e uma salada de frutas sensacionais além de ficar a meio minuto de casa.
A farmácia está sempre aberta, menos quando tu mais precisa. A lojinha lá da frente vende quase tudo que tu possa imaginar, mas aguenta firme o cheiro de incenso. O cyber escondidinho lá no fundo te salva se teu computador te deixar na mão. O Tutty's é uma ótima opção de lanche ou cervejinha no final do dia, coisa que muitos residentes de medicina costumam fazer. Já eu, resolvi implicar com o filho do dono desde o dia que ele deu em cima de mim na Liquid e raras foram as vezes que pisei ali; só mesmo em casos de extrema necessidade, tipo vontade de comer chocolate depois das nove, hora que o super fecha. O safe park sempre aceita o golpe do “só vou subir ali pra pegar uma coisa e já volto”. E te confesso, já comprei na Damy Modas.
Esse foi o terceiro apartamento em que morei ali, mas foi o meu primeiro apartamento de verdade. Aquele apartamento que tu enche a boca pra dizer MEU, mesmo que não fosse meu realmente. Aquele apartamento que eu pintei da cor que eu mais gostava, comprei tudo o que eu mais queria e gastei o que eu não podia pra deixar ele com a minha cara. Tomar café da manhã na micro cozinha com o sol batendo no rosto está na lista das melhores coisas que ele oferece.
Meio que despedacei ele pra te entregar. O que não me acompanhou, de luminária a pingüim de geladeira, foi vendido, como tu sabe bem.
De qualquer jeito, cuida dele com carinho. Ele e aquele prédio todo tem muita história pra contar. E aquela vista maravilhosa, fica de presente para ti.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Pergunte ao arquiteto

Fui convidada para responder a uma pergunta no site da Dellano e eu aceitei.

Eu e minha noiva estamos comprando nosso primeiro imóvel, um dois quartos de 68 metros quadrados. Fico na dúvida entre deixar que me entreguem o imóvel conforme o contrato ou fazer alterações em alguns pontos, como trocar a bancada da cozinha padrão por uma de melhor qualidade ou na cor que gostamos; trocar a louça do banheiro para cor ou modelo de nossa preferência, etc. A questão é: receber o padrão e depois combinar os móveis com o que já está ou fazer modificações já pensando na mobília, ainda que, de imediato, não tenhamos recursos para equipar o imóvel com o que sonhamos e da forma como idealizamos?
Marcelo Vitória Espírito Santo


Marcelo, ter em mente quanto se pretende gastar inicialmente com a obra com certeza é o ponto chave para esta definição. No entanto, na hora de colocar em uma planilha todos os gastos que estão por vir, vale a pena priorizar como gastos essenciais tudo aquilo que possa envolver obra e conseqüentemente desgaste posteriormente.
Comprar toda mobília ou mesmo equipamentos seguindo padrões e cores existentes, não é complicado, desde que esses padrões correspondam, ainda que aproximadamente, àquilo que vocês tinham em mente para o primeiro apartamento. Já tive experiência com um cliente que manteve banheiros e cozinha como estavam e reformou todo o resto; com certeza foi uma decisão econômica, mas a sensação no final da obra é de que aquelas peças não fazem parte da casa, não têm personalidade.
Mas além de pensar em questões como cores e acabamentos, deve ser pensada a funcionalidade dos espaços. O apartamento da forma como será entregue pela construtora está atendendo as suas necessidades em todos os aspectos? Por exemplo, esperas para o fogão, geladeira, posição da cuba, estão dispostas de maneira funcional? Vale lembrar que alterações como estas, se feitas posteriormente, normalmente vão envolver instalações e conseqüentemente quebração, sujeira e alteração de rotina.
O restante da casa, sejam móveis ou objetos de decoração, com certeza não tem menos importância, mas funcionam com maior independência. A base estando pronta e estando bem resolvida, permite que aos poucos sejam agregadas peças, cores e formas que vão transformando o que era apenas um apartamento em um lar.

Arq. Kelen G. Tomazelli

CREA-RS 109738

segunda-feira, 23 de abril de 2007

No almoço

Na Caras:
"Camila Alves, a brasileira que namora Matthew Mcconaughey."
A manchete podia ser também a brasileira que se deu bem, muito bem.
.:.
Na Quem:
"Como Juliana Paes secou"
Com certeza não foi comendo o sanduiche nem o branquinho que eu comi de sobremesa especialmente depois do final de semana gastronômico que eu tive.
.:.
Na Primavera:
Encontro um conhecido:
- E aí, tudo bom? Conheci teu guri esses dias.
(putaquiospariu, esqueci o nome da criança...)
- Ah é? Onde foi.
- Tua mulher, tava almoçando com ele no Ocidente.
(caceta, como eu esqueci o nome dela...).
- Tá lindo né? Tinha que ver ele na praia. Então tá, um abraço, tchau.
(momento concentração)
- Tchau Clóvis!
(obrigada Senhor por me fazer lembrar o nome dele, se é que eu acertei)

quinta-feira, 19 de abril de 2007

quarta-feira, 18 de abril de 2007

A minha voz continua a mesma, mas as minhas costas...

Não me avisaram que com os trinta chegava de brinde uma dor nas costas de tirar o sono. Ou será que quem trouxe isso foi a vida nova? Não sei. Só sei que quero folga no trabalho, distânica do computador, ficar deitada na cama, e também um massagista. E aproveitando a sessão pedidos, quero que a minha mãe volte a lavar todas as minhas roupas.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Burrice compulsiva

Precisava urgentemente de algo para ser comido compulsivamente. Na fila do caixa das Americanas avistei um pacote de Pistache piscando pra mim. Não tive dúvidas, comprei. Neste momento estou pagando para alguém tirar as cascas de todos os pistaches para que, depois disso, eu possa realmente comer eles compulsivamente.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

O endereço muda, mas ele não me abandona

Entrei hoje de manhã no T9 e sentei lá no fundão que, como se fosse uma sala de aula, tem a sua turma típica. Elas são todas diaristas e falam pelos cotovelos dos patrões e de todo resto. Meu lugar era do lado de uma mulata, que não pagava imposto pra dar risada. Muito menos pra falar.

“Ué, mas tá vazio esse ônibus, viemos esmagadas a semana toda e hoje essa vaziez! O que será que houve? (a pergunta foi pra mim...). Ah, já sei, deve ser porque o Grêmio perdeu. Vocês viram? Tomou três! Mas o mais lindo eram os neguinho comemorando dançando assim ó (imitou a dança...). Mas foi bom pra eles descerem do salto. Mas agora vem o Amoroso, sabia? Que maravilha, aquele homem é tudo de bom. O quê? Vai cozinhar prum monte de psicólogo? Credo, graças a Deus meu patrão é pão duro, nunca convida ninguém pra não gastar. Tchau minha linda, vai com Deus. Olha o salto daquela ali, Jesus. Se eu coloco um desses quebro todos meus dedinhos. Aqui ó: tênis. Depois que comecei usar isso nunca mais quis saber de ir em casamento pra não ter que enfiar sapato desses no pé. Que? A cobradora? Pois é, acho que a gordinha foi demitida, andaram fazendo uma limpa. Também, vivia dormindo! E era mau humorada, pelo amor de Deus. Um dia eu disse “Bom dia Paulinha” (cotovelada em mim...). O nome dela era Paula. Ela até resmungou um bom dia. Vai entender, deve tá de mal com o mundo por ser gordinha (levantou pra descer do ônibus...). Tenho culpa eu? De ter esse corpo? (empinou e bateu na bunda colada numa fuseau floriada pra me mostrar...). Quarenta e quatro anos e esse corpinho. E com um filho de treze! Um negão muito do lindo. Tchau querida, tudo de bom, bom serviço, te cuida”.


Esse é o bom e velho T9.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Gauchão

Há tempos acho que essa rivalidade da dupla Gre-nal deixou de ser saudável. E não estou falando isso hoje por causa da derrota de ontem do Inter, que sim, me envergonha e me entristece. Estou falando do que acontece sempre que um dos dois times perde. Estou falando do foguetório, da comemoração exagerada, da flauta que não é mais entre amigos e sim entre gente que nunca se viu e que não quer saber o que o outro pensa; é gente que nunca fala contigo e que nesse dia resolve surgir pelo prazer de debochar da tua cara. Estou falando da rivalidade que já causou até morte por um não suportar a alegria do outro. Isso não é exclusividade gremista, sei muito bem. Os colorados são tão idiotas quanto os gremistas foram ontem. Soltam foguetes pela derrota do outro, comemoram aquilo que os outros não vão ter. Pra mim, não é nada mais do que um reflexo de como as pessoas realmente são: muito mais preocupadas com os outros do que consigo mesmas.
Poderia começar todas aquelas defesas típicas pós derrota. Dizer que no aniversário deles de cem anos eles fizeram pior, caíram pra segundona. Que sair do Gauchão não nos tira o título mundial. Que ainda que o Grêmio seja campeão neste campeonato, seguiremos em vantagem no número de títulos gaúchos conquistados. E aí por diante. Mas tão lamentável quanto o atual campeão do mundo não se classificar no Gauchão, é participar disso.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Mundo da criança

Fim de semana em Gramado e eu que ando numas de trabalhos manuais, fui à procura da receita de papel machê na minha fonte dos mais remotos anos: o volume “Fazendo e Brincando” da coleção “O Mundo da Criança”. Além de muitas ideias pra novos trabalhos, fui invadida por uma onda de nostalgia (e outra de rinite alérgica). Com certeza se eu digitar “papel machê” no Google, vou receber uma lista infinita de links. Mas olhar pra todas aquelas figurinhas mais do que conhecidas foi com certeza muito mais divertido.