tag:blogger.com,1999:blog-9881331442115366262024-02-20T12:38:56.074-03:00Os quarenta são os novos trintaUnknownnoreply@blogger.comBlogger1266125tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-33830273124699576102023-12-31T17:35:00.002-03:002023-12-31T17:35:21.222-03:00Quer dançar?<p><span style="font-family: verdana;"> "Aprender a dançar sozinha pra não perder nenhuma música".</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Essa frase desenhou meu ano. Pensei tanto no fim de tanta coisa, que me vi querendo mais que nunca "viver tudo que há pra viver". Aprender (e querer) dançar sozinha, não significa dançar sempre sozinha. Segui dançando com filhos, marido, amigos, família. Com quem me deu brilho nos olhos e me tirou pra dançar. Mas mais que tudo isso, dancei comigo mesma. No sul, no sudeste, no norte, no nordeste. A dança da vida, dos sonhos, dos desejos. Olha que achei que nem sabia dançar, mas se perdi alguma música, foram poucas.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">2024, seja música pros meus ouvidos, continua embalando minhas danças.</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-82511473224131242372023-12-11T20:29:00.004-03:002023-12-11T20:29:44.297-03:00Balanço<p><span style="font-family: verdana;"> Eu não sei se todo mundo passa por isso, mas eu às vezes transformo coisas simples do cotidiano, que renderiam no máximo uma postagem bonitinha no Instagram, em uma verdadeira jornada de auto conhecimento da minha vida.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">.:.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Decidi fazer uma trilha até um balanço que tinha lá no parque onde passamos o final de semana. Longe, caminho pedregulhoso, íngreme, um mini desafio. Sem Internet, logo, sem música, os únicos sons que ouvia era dos bichos, do vento e dos meus pensamentos, o que já dava uma barulheira e tanto. Aquele balanço que parecia não chegar nunca, era um objetivo mas também uma fuga. Consegui ver simbologia em todo trajeto. Nas pedras, nos tropeços, no tombo, no atalho que me levou a um riacho intransponível, até mesmo na libélula que passou sorrateiramente voando ao meu lado e me lembrou do significado de transformação e capacidade de adaptação que ela carrega. Cheguei lá em cima ofegante e li: respire. Obedeci. Pensava eu que o balanço seria apenas divertido, mas ele também se mostrou um tanto assustador e inseguro. Ainda assim, não conseguia mais sair de lá. Não fossem pessoas me esperando e horários a respeitar, talvez tivesse ficado por lá a manhã toda, me embalando e ouvindo. Mesmo contra vontade parei, desci. Ao lado, vi uma daquelas pilhas de pedras equilibradas onde somei mais uma, nada mais simbólico do que conseguir esse equilíbrio. Voltei menos barulhenta, eu acho. Lembrei de quando aprendi que grande parte do barulho que a gente faz, muitas vezes somente nós mesmos estamos ouvindo. Depois da caminhada de volta, já lá embaixo, olhei pra trás e pensei: olha onde eu cheguei! E segui.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">.:.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Talvez seja tudo uma grande maluquice. Talvez eu vire coach. Ou talvez eu apenas siga postando no Instagram porque achei bonitinho e guarde em mim o tanto de história que vejo por trás das coisas que eu vejo e vivo por aí.</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-64935295393360788122023-09-25T10:04:00.008-03:002023-10-19T10:09:34.947-03:00Correndo (de) para mim<p><span style="font-family: verdana;"><i> "Já falei aqui sobre primeira vez? Há pouco mais de meio ano, comecei mais uma vez a correr. Mais uma vez porque - como muito do que já comecei até hoje, e a lista não é pequena - comecei e parei de correr mais de vinte vezes. Mas desta vez estipulei uma meta: correr minha primeira corrida de rua. E por seis meses, dia sim dia também, com raras exceções, corri. De manhã ou de noite, abaixo de sol ou de chuva, no frio ou no calor.</i></span></p><p><span style="font-family: verdana;"><i>Domingo, friozinho considerável na beira do Guaíba, pernas de fora e congelando desde as seis e meia da manhã, tive noção do que é participar de uma corrida dessas. E é bom demais. Daquelas coisas boas que chegam a dar frio na barriga. Lembrei que ainda esses dias comentei como eu estava ansiosa ao que me responderam: "mas é só uma corrida!". Como explicar o que significava aquela corrida pra mim? Explicar o que eu passei no último meio ano e o quanto essa coisa de correr me ajudou a superar, esquecer e levantar? Era muito mais do que a corrida. Ela fechava um ciclo, preenchia uma lacuna, correspondia a uma etapa percorrida. Tanta coisa cruzou junto comigo aquela linha de chegada, que só isso explica de onde tirei forças pra correr tão rápido aqueles últimos 100 metros." </i></span></p><p><span style="font-family: verdana;">Esse texto foi escrito por mim em maio de 2008, depois de uma separação e de correr a minha primeira prova. 15 anos depois, lá se foram mais de 30 corridas, algumas lesões, muitas paradas. As questões que pairam na cabeça são outras, mas a corrida segue sendo a maior terapia, o melhor ansiolítico. O frio na barriga ainda vem, e correr os últimos 100 metros vai ser sempre uma das melhores sensações de se sentir.</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-50875460478014758462023-09-17T15:58:00.002-03:002024-01-16T20:59:57.623-03:00Gêmeas <p><span style="font-family: verdana;"><span></span></span></p><span style="font-family: verdana;">Eu sou a ídola master da Mel, posso afirmar isso com absoluta certeza aqui do alto da minha baixa auto estima. Ela me olha com uma admiração que nunca ninguém me olhou. Ela quer ser igual a mim em tudo. Ela me diz diariamente que eu sou linda, que minha roupa é linda, que meu corpo é lindo, que o que eu fiz ficou lindo. Que responsa ser essa pessoa! Hoje eu queria colocar um macacão nela, a louca dos vestidos, e incrivelmente ela topou, mas pediu que eu colocasse também. "Aquele verde", diz ela, falando de um macacão que eu mesma nem lembrava que tinha. E assim fomos escolhendo o resto juntas. Sapatos dourados, prendedor combinando, bolsa no mesmo tom, o mesmo batom, o lápis verde nos olhos. Tínhamos que ficar iguais. Ficamos, ou quase.</span><p></p><p><span style="font-family: verdana;">- Mamãe, a gente ficou muito linda! E muito gêmeas! Menos os olhos e a voz, né?</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Um dia quero me ver com teus olhos, meu amor.</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-52159811947757860002023-08-29T13:10:00.001-03:002023-08-29T13:10:03.756-03:00Filhos<p><span style="font-family: verdana;">Tenho pensado muito nas barreiras que a maternidade impõe, o quanto ter filhos limita e transforma aquilo que éramos antes. Horários e tempos, viagens e programas, escolhas e decisões. Por mais que a gente se esforce e consiga fazer mil coisas, sempre serão eles a definir, de alguma forma, os limites de até onde realmente iremos. A grande sorte é que eles também fazem grandes conexões. De novas amizades a diferentes formas de reviver a nossa infância, são conectores de infinitas descobertas sobre eles e sobre nós mesmos, um estímulo constante que nos leva para outros mundos. Filhos são cercas mas também são pontes.</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-79245393519274608402023-06-10T18:27:00.001-03:002023-06-10T18:27:17.708-03:00Café terapia<p><span style="font-family: verdana;">Voltava a pé pra casa e queria um café diferente. Parei num desses muitos pequenos cafés espalhados na cidade e escolhi um café com leite & Baileys & macadâmia & acho que só.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- Oi, esse café aqui tem açúcar?</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- Não, nenhum tem açúcar.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- Ela quer saber se na essência tem açúcar. (diz outra mocinha que também atende ali)</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- Opa, já fiz essa pergunta aqui pelo visto!</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- Ah, na essência tem né, aquele gostinho.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- ?</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- Aquele gostinho doce, né?</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- É? Não sei, tem essência que não tem açúcar, só se vocês usam xarope. Eu não vou morrer se comer açúcar, mas é que o Baileys já é doce né? Mas tudo bem.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Sigo escolhendo, chego no leite. Normal, vegetal, sem lactose...</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- O leite normal é integral?</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- Sim.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- O sem lactose também?</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- O sem lactose é sem lactose.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- Ah sim, essa parte eu entendi. Quero saber se é semi desnatado ou integral.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- É sem lactose.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- (respira) Certo. E a gordura? Vocês me desculpem querer saber, né? É que eu passo muito mal e posso ter um treco aqui na frente de vocês. Talvez morra. (nem que seja de raiva)</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Nesse instante a caixinha do leite Piá surge na minha frente.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- Ah, semi desnatado, que bom. É isso.</span></p><p><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p><span style="font-family: verdana;">Fechei meu pedido. Paguei. Esperei. Recebi.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Não era essência, era xarope, doce que só vendo, vou lembrar da próxima vez. Xarope como eu aliás, né? Apesar de eu não ser tão doce quanto o de macadâmia. Eita mala sem alça, devem pensar, mas custa saber o que vende?</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Café com leite & Baileys & macadâmia & provavelmente cuspe.</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-10563580070327624042023-03-13T18:30:00.001-03:002023-06-10T18:30:28.644-03:00Crise de ansiedade<p><span style="font-family: verdana;"> Fui agraciada, nas vésperas dos meus quarenta e seis anos, com uma crise de ansiedade. Não é a primeira vez que ela me visita. Da última vez, inclusive, estava certa de que iria morrer de falta de ar. Foi pós-covid, me deem um desconto. Meu irmão, sempre muito prático, me explicou: tu estás com sensação de falta de ar e não falta de ar de verdade (o que bem se via pela minha oxigenação em 100% após corrida até o hospital). Alguns anos antes, meu pai dava um outro nome para as minhas crises: suspirite aguda. Errado ele não estava, já que os sentimentos sempre estiveram à flor da pele nessa pele aqui. Desta vez, quando a crise chegou, sabendo eu que era uma sensação que meu próprio corpo provocava (porém não controlava), passei a me provocar e questionar: o que está me deixando assim? Não pode ser só culpa daquele projeto insano, quantos destes eu já fiz? Já sei, escola nova, filho no primeiro ano, angústias e medos aflorando. Mas será? Eles têm chegado tão felizes em casa. Boletos (incrivelmente) pagos, saúde (sempre sendo checada) em dia e em meio a esses pensamentos, segui enlouquecidamente acordando cedo com crianças na cama, passeando com cachorras, fazendo lanches, checando mochilas, correndo até a academia mesmo com tempo contado, organizando a casa e a vida, zerando notificações de todo e qualquer aplicativo, preenchendo tabelas e planilhas, fazendo mil reuniões, achando espaço para todos os eventos e atividades possíveis, caindo cedo e exausta na cama até que... chegou a me faltar o ar. Seria ânsia de não estar vivendo tão intensamente e daquela forma interessante que almejei há um ano atrás? Ou estaria eu vivendo intensamente até demais para não deixar de ter aquela tal vida interessante almejada? Lembrei da amiga psicóloga que naquela mesma crise pós-covid me disse que eu não estava com falta de ar, mas sim com excesso. Na ânsia por não ter, acabamos por ter demais. Será que vale só para o ar? Os quarenta e seis chegaram, está voltando o ar. Que não me falte tempo para respirar (e nem motivos para suspirar).</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-64004157081102225162023-02-21T18:32:00.000-03:002023-06-10T18:33:40.133-03:00Arerê<p><span style="font-family: verdana;"> Já pulei muito Carnaval. Me surpreende pensar nisso hoje, demofóbica que sou. Me dá um nervoso não ter espaço, cada um querer ir para um lado, não conseguir ouvir, ver, passar ou chegar. Mas pulava, ô se pulava. Me divertia, perdia caixas pretas carnavalescas, chegava em casa de manhã. E me surpreende pensar nisso hoje, matutina que sou. Sou amiga do sol, do dia, do entardecer e depois dele gosto mesmo é da minha casa, da minha cama então nem se fala. Mas iam longe as noitadas, ô se iam. E eram noites seguidas, cantando Arerê, um lobby, um hobby, um love com você. Fiquei pensando se a gente muda, se descobre, se aceita, ou de tudo isso um pouco. Hoje me colori pra enfrentar filas, suor e empurrões, mas com dois filhos felizes juntando confete do chão e se divertindo pra valer. Ah! E dormirei cedo, depois de ter até cantado Arerê.</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-19300113342143634842023-02-14T18:34:00.000-03:002023-06-10T18:35:30.142-03:00Férias escolares <p><span style="font-family: verdana;"> Ah, férias escolares dão o que falar. Filha com diarreia, filho com vômito, tá de lascar. Pelo menos de manhã teve banho de mar. Que bom que eu vim pra praia e tenho uma pessoa pra me ajudar, além de um pai e um irmão médico pra consultar. Lembrei agora das férias escolares que tive piolho, melhor nem pensar. Visualizei minha vó catando lêndeas com vinagre por horas a fio a me pentear. Deve ter alguma lei divina que manda essas encrencas nas horas erradas pra nos testar. Tem que rir pra nao chorar e as pessoas não cansam de lembrar: "é só o começo, ano que vem vão ser dois meses". É... vai piorar. Ah, o mar, vou voltar. Tem mesmo que trabalhar? Essa mandala na parede veio bem a calhar. Acorda, para de sonhar! (Tava só rimando um pouco pra não surtar). Liga a câmera e te apruma aí que a reunião vai começar.</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-72650104893938266002023-01-01T10:36:00.001-03:002023-06-10T18:37:38.569-03:00Abrindo o ano<p><span style="font-family: verdana;"> Ano passado ouvi uma frase que gostei muito: vamos falar menos sobre fechamentos e mais sobre aberturas. Pensei nisso ontem no último dia de 2022. Pra ele, deixo só agradecimentos. Mas pra esse ano novo que acaba de começar desejo um mar aberto de possibilidades. Que a gente tenha muito pra aprender e algo pra poder ensinar. Que a gente tenha sonhos por realizar e objetivos pra alcançar. Que a gente tenha pessoas por quem acordar e pra poder abraçar, algumas causas pelas quais lutar e boas histórias pra contar. E se a gente não tiver tudo isso também tudo bem, mas que a gente siga pelos nossos dias com alegria, com ganas de viver, curtindo as delícias e corriqueirices dessa nossa vida e se sinta realizado pelas pequenas conquistas diárias mesmo que, por vezes, conquistadas abaixo de mau tempo. Ontem eu dormi antes da meia noite exausta, mas acordei pra ver o sol nascer. Porque a vida pode ser vivida de várias formas, desde que nos faça bem e traga alguma forma de paz. Bem vindo, 2023!</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-80030340045177670492022-11-14T13:30:00.000-03:002023-06-10T18:58:43.431-03:00Feito por mulheres<p><span style="font-family: verdana;">Chamei um Uber a pouco. Assim que aceitou a viagem, a motorista enviou uma mensagem "meu gurizinho está junto comigo, algum problema?". Respondi automaticamente: "nenhum". Assim que ela chegou vi que o gurizinho era mais velho, sentava no banco da frente, diferente da cadeirinha de criança que eu já visualizava do meu lado e que ainda assim não teria me causado incômodo. Victor, o gurizinho, não seria nem percebido por mim, totalmente escondido pelo encosto do banco do alto dos seus 11 anos. Mesmo eu já tendo respondido que não tinha problema, ela se desculpou, explicou o feriadão na escola e que ela não podia ficar sem trabalhar. Falei que ela tava falando de mãe pra mãe, não teria como eu não entender! Mas perguntei se ela já tinha recebido algum não. "Vários!". Viagens canceladas e até mesmo a resposta de uma pessoa dizendo que não se sentiria a vontade. Tá certo, é um direito da pessoa. Mas fala sério, quanto táxi fedendo a cigarro ou motorista escroto tu já pegou na vida que tu não te sentiu a vontade mas encarou? Quase perguntei sobre o pai, mas não ousei. Se ele existe, ainda assim o papel de ficar com o gurizinho tende a ser da mãe. O que custa ajudar essa mãe?</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Isso aconteceu hoje, no mesmo dia que li as enxurradas de críticas à jornalista da Globonews com uma fala pra lá de machista em relação a futura primeira dama e suas funções. Ah, colega, quer falar do papel dela fala, mas depois não vem criticar os brados do "imbroxável", talkei? O título "primeira dama" pode parecer pomposo mas estamos em 2022 e não em um episódio de Bridgerton (salve Eloise!). Olha. Não é moleza ser mulher. Não é moleza provar a nossa capacidade todo santo dia, assumindo os nossos papéis de praxe perante a sociedade e batalhando por todos os outros que efetivamente queremos e podemos assumir.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Escrevo isso diretamente de um café onde a senha é o título desse post. Certeza que muita gente achará ridícula, coisa de feminista. Ou ainda nem vai entender a relação dela com os outros dois assuntos do texto. Coisa de gente que não entende a força que a gente precisa fazer pra mostrar a força que a gente tem.</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-9802610348948133132022-10-24T22:02:00.008-03:002023-06-10T19:05:10.638-03:00Veronicas<p><span style="font-family: verdana;">Beach Tennis é uma cachaça. Das boas. Há pouco mais de um ano, uma amiga me convidou pra cobrir uma pessoa num jogo. Levei um laço, achando que meu histórico no paddle e no frescobol me salvariam, mas gostei. Tanto que na semana seguinte tapei outro furo, até me tornar fixa no jogo de sábado na Its. Caí até em golpe tentando comprar uma raquete mais barata, com medo de não gostar e me arrepender. Mal sabia eu que esse negócio viciava. O grupo foi aumentando graças a uma amiga "síndica" e um dia decidimos criar um nome pra ele, numa votação bem bagunçada (ainda não conhecíamos o Google Forms!). Tão bagunçada que nunca terminou. Até que a uma de nós decidiu escolher o nome que ela mais tinha gostado (com licença, eu que sugeri) e criou o nosso Instagram. A jogada Veronica, que originou o nome, gerou até uma aula para aprendermos a executar a dita cuja! Mas muito mais que um perfil no Instagram ou um grupo que joga o esporte mais em alta do momento, criamos um grupo de amigas de verdade. Que se diverte diariamente na nossa infinita troca de mensagens; que se ajuda quando precisa; que deixa nossos dias mais leves; e que não fica sem jogo porque nunca falta parceria. Um grupo que mistura amigas dos mais diversos grupos, que me reaproximou de amigas antigas, aproximou de pessoas queridas e me apresentou pessoas maravilhosas. Vida longa ao beach tennis, essa cachaça que tem o poder de integrar e de gerar felicidade em quem se joga nele.</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-1956583307451452332022-08-16T19:06:00.001-03:002023-06-10T19:08:21.488-03:00Rock in Rio<p>Foram 40 dias intensos de montagem com direito a um bate volta que mais cortou meu coração do que matou saudades. Fiz parte de um time, e que time. Revi amigos especiais, fiz amigos maravilhosos. Emagreci cinco quilos e fiz as pazes com a academia. Fiz uma tatuagem que escondeu outras duas. Pedalei 180 quilômetros em uma Ceci. Patinei. Corri. Caí. Dirigi muito mais carrinho de golfe do que fui a praia. Comecei e terminei três séries. Usei uma pochete de pompom colorida que parou de gurias da limpeza a blogueiras. Conheci lugares que não conhecia no Rio, essa cidade mágica e caótica que eu amo mesmo as vezes odiando. Quis ir em todos os brinquedos do Rock in Rio e não fui em nenhum. Chorei algumas vezes, de tristeza, de raiva e de emoção. Senti paz e senti saudade. Senti ansiedade e senti orgulho. Conheci alguns limites, meus e dos outros. Aprendi tanto com tanta coisa que me sinto mais completa e preparada como profissional. Também me decepcionei, os bastidores são bem diferentes do palco. Entregamos, mas acabou de começar. Lá atrás me arrependi de pedir a compra da passagem depois da primeira noite, justo a do metal que eu nem gosto. Hoje agradeço a decisão, só quero voltar. Foi incrível, mas agora eu preciso atender os meus cinco clientes preferidos na BOzeira lá de casa.</p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-12663527145216049092022-08-05T22:01:00.000-03:002022-08-05T22:01:00.596-03:00Ilha da Gigóia<p><span data-darkreader-inline-bgcolor="" style="--darkreader-inline-bgcolor: #181a1b; background-color: white;"><span data-darkreader-inline-color="" style="--darkreader-inline-color: #d6d2cd; color: #e5e3df;"><span style="font-family: verdana;">Hoje eu fui passear na Ilha da Gigóia, lugar que eu nunca tinha ouvido falar até vir morar no Rio em 2010. Ela é uma ilha pequenininha, desenhada por inúmeras ruelas estreitas cheias de placas coloridas, grafites e plantas de todos os tipos. Num dia lindo de sol como hoje, fica tomada de pessoas que parecem conhecer cada um que passa. Ela é meio bagunçada, muitas das construções não deixam bem claro se foi finalizada ou não. Tem um boteco em cada canto e armazéns que vendem de tudo, muita birosca misturada com lugares charmosos que algum estrangeiro resolveu abrir. É uma cidade do interior dentro de uma cidade grande, com uma praia logo ali, apaixonante, cheia de cuscos e de vida. Pensei cá comigo: isso é muito a minha cara, ou pelo menos era a cara daquela Kelen lá de 2010... Como é que ela saiu daqui? A verdade é que eu nunca cheguei a entrar! Quando vim morar aqui, depois de pular de casa em casa e muito procurar (ah, Airbnb...), achei um anúncio de uma pousada que aceitava hóspedes por longas temporadas nessa tal ilha que ficava na Barra. E era tudo que eu precisava: um apezinho mobiliado, sem nada pra comprar e por um preço pagável e relativamente perto do trabalho. Peguei meu primeiro barco pra ir conhecer a pousada e pedi somente pra atravessar a lagoa. Ao descer, sem andar muito, perguntei pela pousada Barravento e me disseram: ah, não chega por aqui não, tem que pegar outro barco e pedir pra descer lá. Não entendi, mas aceitei e virei as costas pra ilha sem sequer conhecer. O novo barqueiro me deixou na pousada e foi então que o proprietário me explicou que dali eu não teria acesso a ilha exceto por barco. Uma construção logo atrás dela, fazia com que não houvesse outra saída exceto pela água. Nos meses que se seguiram, sempre peguei meu barquinho direto pro continente, fosse pra trabalhar ou passear. Quis o destino que eu não me apaixonasse por esse lugar e mudasse a minha história. Será? Só posso acreditar que ele, o tal destino, me queria mesmo era em Porto Alegre, pra fazer da minha vida o que ela é hoje. Quantas vezes uma simples decisão pode mudar todo nosso rumo?</span></span></span></p><span data-darkreader-inline-bgcolor="" style="--darkreader-inline-bgcolor: #181a1b; background-color: white;"><span style="font-family: verdana;"><br data-darkreader-inline-color="" style="--darkreader-inline-color: #d6d2cd; color: #e5e3df;" /><span data-darkreader-inline-color="" style="--darkreader-inline-color: #d6d2cd; color: #e5e3df;">"Si nunca paras de buscar, talvez nunca pueda ser encontrado por lo que buscas."</span></span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-43539130229635226602022-08-03T21:56:00.001-03:002022-08-05T21:59:26.825-03:00Folga<p><span data-darkreader-inline-bgcolor="" style="--darkreader-inline-bgcolor: #181a1b; background-color: white;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span><span data-darkreader-inline-color="" style="--darkreader-inline-color: #d8d4cf; color: #e8e6e3;">Desde que vim passar esse periodo no Rio,</span></span><span data-darkreader-inline-color="" style="--darkreader-inline-color: #d6d2cd; color: #e5e3df;"> a pergunta que mais tenho recebido ultimamente tem sido disparado: "e a saudade?". A resposta sai fácil porque é uma saudade sem medida, ela é gigante, é de ter vontade de entrar na tela e encher de amassos e de beijos. Mas é uma saudade que não dói. Dá pra entender? Porque eu vejo eles todos os dias e eles parecem tão felizes. Saudosos, óbvio, mas felizes da vida! E com meu marido nota dez sendo um pai nota mil somado a uma diarista que virou a santa ajudante de todas as manhãs eles estão dando conta do recado bonito (espero que minhas plantas estejam vivas, viu?). E também porque, e não me julguem por esse trecho, tô com saudade mas numa folga que olha, puta que pariu. Atenção meus empregadores, isso não significa que eu não esteja trabalhando, tô trabalhando tipo bicho. Considerem que vocês me concederam tipo umas férias da família remuneradas, uma espécie de viagem padrão perrengue chique. A real é que não tem montagem que supere o trabalho que é ter uma casa cheia de seres, não tem BO mais difícil que cuidar de uma família, não tem cansaço maior do que um dia inteirinho com um marido, dois filhos e dois cachorros e ainda por cima o tal do trabalho! Desculpa, eu amo vocês, viu marido? Mais que tudo na minha vida todinha, mas dá um trabalho da porra e depois desses dez dias sozinho tenho certeza que ele assina embaixo! Dá tanto trabalho que me vejo volta e meia num não saber o que fazer com o tanto de tempo que eu tenho por aqui mesmo depois de trabalhar oito horas. Dia desses num desses stories, minha irmã fez a tal pergunta. Eu respondi explicando tudo isso e ela resumiu melhor que eu: "eu te entendo, é uma paz com remorso, né?". Ô se é.</span></span></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-59776550203538170112022-07-26T22:12:00.003-03:002022-07-26T22:12:17.380-03:00Aha, isso aqui tá muito bom<p><span style="font-family: verdana;">Sabe aquela música do Jota Quest "Jacarepaguá é longe pra caramba!"? Ô realidade cruel. Pois o meu Rio de Janeiro da vez é esse. Hoje saí do trabalho e fui comprar meias (o negócio aqui não é Havaianas, é bota de obra que carcome o tornozelo). Pensei "vou ali na Barra", não era isso que o Flausino sugeria na música? Mas a verdade é que nem a Barra é perto, basta ver que o Uber saiu o preço de três pares de meia. Na volta pensei: não vou me mixar, vou de busão! Cheguei na parada, descobri que nada me levaria onde eu queria exceto o BRT. Metros a frente vejo uma faixa que me leva até a estação do BRT. Tô ainda tentando pensar quem bolou aquelas ilhas, eu não posso acreditar que tenha sido um engenheiro. Um dos lados fecha, não me perguntem porque, e tu só pode ir pelo outro, mas se tu só descobre isso só no meio da rua aí tu vai pelo asfalto mesmo, e reza pra não vir um BRT com pressa. Paga com dinheiro? Não! Tem cartão pra vender na máquina? Claro que não! Mas teve carioca sangue bom com pena da coitada da gaúcha que deu um cartão descarragado pra que ela não ficasse na mão! Olhei pro mapa, padrãozinho metrô, escolhi o sentido e decidi "deve ir até lá". Que nada, tive que descer na Alvorada. Voraz, diga-se de passagem. Orientada pelo motora do BRT anterior, fui atrás da fila do 51 ou do 50. Descobri que era a mesma. E grande. E bagunçada. Em meio aos gritos dos ambulantes, que nesse outro Rio de Janeiro vendem Baconzitos e Cebolitos genéricos e não Bixcoito Globo, tentei descobrir se era ali mesmo. "Quê? Não, esse não vai até lá não!" Explico melhor e descubro que "ah não, vai sim". Ia né amor, ele acaba de vazar. Menos mal que não entrei, saia gente pela fresta das portas. Vou esperar o próximo. "Esse era o último". Tá de sacanagem, vou de Uber. E como sai daquela ilha BRT dos infernos? Que ideia Kelen, que ideia. Vamos esperar então o tal do 50. "Cinquenta? Ah, esse não vai lá não". Vou matar um carioca hoje. "Pega o cinquenta e treix e desse no Morro do Outeiro. Na ixtação, não entra no Morro do Outeiro que é perigoso!". Peguei o 53. Quando vi o Parque Olímpico quase escorreu uma lágrima! Desci na estação do Morro, mas não era meu destino final, mais uma carioca simpática tinha me dado a dica! Ainda precisava esperar mais um BRT pra descer na minha parada que era a próxima, tipo 100 metros depois. Eu iria fácil pela ciclovia ali do outro lado ainda movimentada, mas quem diz que tem como sair da maldita ilha? Ameacei pular daquele negócio e atravessar ali mesmo, mas resolvi me controlar. Um tempo depois vem o dito BRT. Nem saií da frente da porta que entrei. A última carioca que me orientou ao que fazer ainda gritou "Boa Sorte". Ela nem terminou a frase e a porta abriu. Eu e mais dois sujeitos saltamos na estação e demos de cara com uma tela fechando o vão da porta. Boa o que mesmo? Virei de frente pro asfalto parada naqueles 50 centímetros de piso e perguntei pro universo "e agora?". O universo, que era o moço ao lado, me respondeu "a gente pula!". Socorro. Pula, vai pelo asfalto até a faixa e reza pra não vir um BRT com pressa. E a música do Jota Quest que não me sai da cabeça não poderia ter um nome melhor: Onibusfobia!</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-63034840658688227292022-05-22T22:24:00.001-03:002022-07-26T22:28:42.510-03:00Verborragia<p><span style="font-family: verdana;">Deito no meio dos dois. Lucas dorme antes de eu completar a meu tradicional "boa noite, meu amor, te amo". Melissa termina seu mamá e começa a verborragia.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">.:.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">"Mamãe, ontem eu sonhei que a minha profe de ballet tava aqui em casa ... Onde tá a minha teta? ... O coelhinho da Páscoa veio e escondeu os bichinhos e a gente achou ... Já pensou se eu voasse de capa e de máscara e de saia? Eu ia ser super-heroína. E menino usa calça e é super-herói. E a gente vai lá e mata os vilões ... Mamãe, a gente precisa comprar um vestido de ballet de manga curta e sem sapatilhas ... Eu quero dormir com a minha mamãe, sem cobertinha ... Quando a gente dorme o cabelo da gente fica bagunçado. Amanhã a gente acorda e eu ponho ele assim, pra baixo ... Mãe! Sabe que desenho a gente nao viu ontem? Momonstros. A gente tem que ver Momonstros! E a gente não tem um Uglydoll laranja. Já pensou se a gente tivesse tooooodos Uglydolls?... Mamãe, quem torce pro Palmeiras? (oi?). Amanhã eu pergunto pro papai, ele sabe."</span></p><p><span style="font-family: verdana;">.:.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">E eu me seguro pra não pegar no sono antes dela ou pior! Esquecer uma vírgula que seja da conversa mais delícia do mundo.</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-23955019433181538472022-04-20T22:22:00.007-03:002022-07-26T22:23:41.580-03:00Programa Legal<p><span style="font-family: verdana;">Terça-feira, tu resolve levar as crianças prum programa legal e de quebra tomar uns drinks com as amigas. Trânsito dos infernos. Não senhora, não pode ser nesse estacionamento. Volta na quadra. Estaciona. Quero levar minha boneca. Cheguei! É 35 reais. Ok. Trouxe meia? Que meia? Antiderrapante. Claro que não. 15 reais. Me ajuda a por a meia aqui, amiga. Vai lá, Lucas, te comporta. Tento economizar... Mel, vamos na pracinha? Eu quero pulaaaaaar. Mas tu é pequena, meu amor. Eu sou grande do Maternal dooooois. Vamos lá então, Mel, o que são mais cinquenta reais... Com a pequena a senhora tem que entrar junto. Ah meu pai, que cansaço. Ela tem meia? Que pergunta... Pelo menos a mãe não paga. E nem precisa da meia! Eu quero pular de tênis! Não pode. Mas eu queeeero. Senhor, vou estrangular alguém. Moça, posso pular? Claro! Vem que eu pulo contigo. É divertido! Caceta, vou fazer xixi nas calças. Moço posso ir no banheiro? Vai que eu cuido dela. Voltei! Manhê!!! Aiiiii! Quase pisei na criança. Ainda bem que foi só meia hora. E que teve drink depois. (Interrompido por um pedido pra fazer cocô, dois pra pegar sorvete, quatro pra dar colo, oito de vem colocar o casaco e dez de eu não quero casaco. Mas teve!)</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-22457218040715941862022-03-13T22:20:00.001-03:002022-07-26T22:21:44.129-03:00Interessante<p><span style="font-family: verdana;"> Há alguns anos atrás, no meu aniversário de 38 anos, li uma tirinha do Snoopy que falava assim:</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- Você pensa muito no futuro, Linus?</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- Ah, sim... o tempo todo!</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- O que você gostaria de ser quando crescer?</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- Absurdamente feliz!</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Decidi desde aquele dia desejar isso pra mim a cada aniversário. Mas nunca tinha parado pra pensar na responsabilidade e dificuldade de alcançar esse objetivo. Não era estar feliz, era ser feliz, e não era somente ser feliz, era ser absurdamente feliz. Que puxa(do)!</span></p><p><span style="font-family: verdana;">.:.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Dia desses ouvia um podcast onde a convidada divagava, assim como o Linus e o Charlie Brown, sobre o futuro, e dizia que em dado momento resolveu mudar um pouco suas expectativas sobre a vida. Tudo que ela queria era poder ter uma vida interessante. </span></p><p><span style="font-family: verdana;">.:.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Pois nos meus 45 decidi querer isso pra mim também. Uma vida interessante. Com seus altos e baixos, sorrisos e lágrimas, sonhos e frustrações. E que no meio disso tudo, tomara, eu tenha muitos momentos absurdamente felizes.</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-72438529086123124282022-02-12T22:17:00.001-03:002022-07-26T22:19:55.422-03:00Sentimentos<p><span style="font-family: verdana;">Tenho uma vontade meio Black Mirror de desenvolver uma tecnologia capaz de "salvar" momentos com um piscar de olhos.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Pisquei, salvou na pasta filhos/momentosquenaoqueroesquecerjamais.mp4, numa nuvem mágica que permite reviver e sorrir revendo esses momentos quantas vezes quiser, seja hoje, amanhã ou quando eles já não quiserem mais tanto meu colo, ou quando não for mais tão divertido cantar pra mim (quisera eu que isso não acabasse nunca!). Enquanto essa tecnologia não chega, vou armazenando as memórias no coração, porque o celular, esse consegue registrar mais ou menos 1% de tudo de especial que eles me entregam diariamente.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">.:.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Hoje em meio à palavras que a Mel queria saber em inglês, ela me perguntou:</span></p><p><span style="font-family: verdana;">- E brabo, mamãe? Como é? E assustado? E qual outro sentimento tem?</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Pensei cá comigo, como assim "sentimento", sua fedelha? O que já entende de sentimentos, essa minúscula? Do que ela já entende eu não sei, mas que sabe me transbordar deles, disso eu tenho certeza.</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-89021368286718643942021-10-12T16:53:00.004-03:002021-10-13T16:59:36.629-03:00Ser criança<span style="font-family: verdana;">Sorrir ao ver um arco íris no céu depois na chuva<br />ou para um dente de leão espalhando bailarinas no ar.<br />Dar pulos em uma poça d'água<br />sem se preocupar se a roupa vai molhar ou sujar.<br /><br />Fazer mil histórias de faz de conta<br /> e mesmo sem ter asas conseguir voar.<br /> Ser bruxa, super herói, borboleta ou mágico<br /> e dar risada de coisas bobas sem conseguir parar.</span><div><span style="font-family: verdana;"><br /> Admirar bolhas de sabão como se fossem jóias<br /> e transformar qualquer coisa com magia.<br /> Ser sincero e expressar todos os sentimentos,<br /> sejam eles de frustração, tristeza ou alegria.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /> O que fazemos como se ainda fôssemos crianças,<br /> são as coisas mais lindas e simples da vida.<br /> Que o tempo nos deixe mais experientes<br /> mas mantendo a criança que fomos viva,<br /> deixando a nossa experiência um pouco mais doce e colorida. </span><br /><br /><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">
</p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p><br /><p></p></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-10237340501730257132021-08-13T17:00:00.002-03:002021-10-13T17:01:27.038-03:00#gratidao<p><span style="font-family: verdana;"> <span style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Eu estava indo fazer um trabalho na rua e não poderia pegar sol. Saí de casa correndo e esqueci de pegar um boné. Saco. Não quis voltar pra não perder tempo e torci pra passar por algum lugar que pudesse ter um baratiol pra vender. Lebes a vista, tem tudo, bingo. Peguei o papel do estacionamento da máquina e um vento da porra fez ele sair voando. Senhor! Pedi ajuda pra mocinha da cabine que me ignorou solenemente. Saí do carro e catei o papel com um odiozinho no coração. Entrei na Lebes que tem tudo porém não tem boné. Raiva. Pedi pra validar meu tiquete, ele validou. Mostrei o tiquete validado pra mocinha que me ignorou solenemente e ela me avisou que teria que pagar 5 reais pelos 58 segundos que durou minha descida pois não comprei nada. Xinguei forte porém de nada serviu pois paguei mesmo assim. Queria ser uma pessoa de luz mas quero matar todo mundo.</span></span></p><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: verdana;">.:.</span></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: verdana;">Tirei a capa do meu celular pra carregar pois ele tá uma cangalha velha que só carrega assim. Saí de casa correndo (sem o tal boné, lembram?)e esqueci de colocar a capa de volta. E nesses dias é sagrado: celulares se jogam no chão. Cansada da cangalha velha agora também na versão quebrada, me dei um celular novo. Paguei a vista, pedi desconto. E eis que quanto a digníssima Magalu me deu de desconto? CINCO REAIS! Isso mesmo! Aqueles mesmos CINCO REAIS que paguei no estacionamento. E em vez de falar "QUÊ??? SÓ CINCO REAIS TU TÁ LOUCA?" fiz a maior cara de <a class="oajrlxb2 g5ia77u1 qu0x051f esr5mh6w e9989ue4 r7d6kgcz rq0escxv nhd2j8a9 nc684nl6 p7hjln8o kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x jb3vyjys rz4wbd8a qt6c0cv9 a8nywdso i1ao9s8h esuyzwwr f1sip0of lzcic4wl q66pz984 gpro0wi8 b1v8xokw" href="https://www.facebook.com/hashtag/gratidao?__eep__=6&__cft__[0]=AZXwFuBC9ISqvsFArQ6w7AfMP3EOUdWtycXl0iGEFbSHJkMJtyogAn8HenKnFsqLZ-mdTfB043xdyrxjpNr9x9j1Hmq6bqunc1PlrSv36nvHGTk2X3NAGKUGYEpdg-mTiUI&__tn__=*NK-R" role="link" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; border-color: initial; border-style: initial; border-width: 0px; box-sizing: border-box; cursor: pointer; display: inline; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: inherit; text-decoration-line: none; touch-action: manipulation;" tabindex="0">#gratidao</a>. Não é linda a forma como o Universo se manifesta pra virarmos seres de luz?</span></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: verdana;">.:.</span></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: verdana;">Uma boa sexta-feira (13) pra vocês também!</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-30025139025768532462021-05-25T17:21:00.001-03:002021-07-08T17:23:36.310-03:00Terrible<p><span style="font-family: verdana;"> <span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;">Depois de mais alguma aprontada do Lucas, eu e o Guilherme reviramos os olhos juntos. Pergunto pra ele:</span></span></p><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto"><span style="font-family: verdana;">- O que tá havendo com esse guri que tá tão terrível?</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: verdana;">- Sei lá, terrible four!</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: verdana;">- Pelo andar da coisa é terrible "fourever"!</span></div></div>Kelen G. Tomazellihttp://www.blogger.com/profile/11662954302899203128noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-28820670386096541112021-04-29T16:54:00.006-03:002021-05-06T17:12:29.137-03:00Crachá<p><span style="background-color: white; color: #262626;"><span style="font-family: verdana;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOPUC53LRZXvxEj7R0FcFLndyGoIo3zMHwfi1v3gjKqPujVjqUUlSYoU2x76Z7d8QIXTwaPHsVPbtydWcfjZGOGGpHZ2B0aWpWMh7Pz3P04rGc6ZI12zJlNtHrGbXsr-WYcQ49OjlNr5k/s720/1619654994250.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="716" data-original-width="720" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOPUC53LRZXvxEj7R0FcFLndyGoIo3zMHwfi1v3gjKqPujVjqUUlSYoU2x76Z7d8QIXTwaPHsVPbtydWcfjZGOGGpHZ2B0aWpWMh7Pz3P04rGc6ZI12zJlNtHrGbXsr-WYcQ49OjlNr5k/s320/1619654994250.jpg" width="320" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;">Em quase toda minha vida profissional me dividi na hora de escolher entre a liberdade e a estabilidade. Cheguei a fazer um tempo de coaching pra descobrir minhas habilidades e facilitar minhas tomadas de decisões. Dizem os resultados que tenho perfil empreendedor. Nunca tive certeza absoluta disso, ainda assim a liberdade sempre falou mais alto, não à toa a POP studio vai completar 10 anos. É uma liberdade meio louca, convenhamos. Ela te permite na maior parte do tempo poder decidir horários e dias de tra<br />balho, quando tirar férias e até mesmo a quantidade de trabalho que será feito e qual será a remuneração! Mas ao mesmo tempo te cobra uma senhora disciplina pra cumprir isso organizadamente em todos os aspectos e fazer as coisas de uma maneira profissional, ainda mais quando TU é a tua empresa todinha. Considerando especialmente esse último caso, essa liberdade é ótima mas costuma dar poucas garantias.</span><p></p><span style="font-family: verdana;"><span style="background-color: white; color: #262626;">Aí entra a velha tentação da estabilidade. Aquela que tem um cartão ponto a bater mas também tem um pacotinho de benefícios tentador.</span><br style="background-color: white; color: #262626;" /><span style="background-color: white; color: #262626;">Nem só disso vivem as duas possibilidades, é claro. Tem toda a experiência que ambas podem proporcionar. E falo experiência enquanto vivência mesmo, enquanto experimentação!</span><br style="background-color: white; color: #262626;" /><span style="background-color: white; color: #262626;">Pois minha última experiência antes da POP foi no Projac. Depois de um período em Barcelona de onde voltei meio frustrada, surgiu a oportunidade de ir pro Rio e pra lá me fui de mala e cuia. Foi o único crachá que tive na vida. Um crachá um tanto diferente, que me permitia morar numa lagoa, tirar foto com o Russo, fazer projeto em uma favela com vista pro Cristo, visitar o Caminho das Índias e trabalhar de chinelo de dedos. A palavra experiência não poderia definir melhor! Mas mesmo com tudo isso (e uma praia logo ali), senti na pele a falta de liberdade, aquela que falei lá no começo.</span></span><div><span style="font-family: verdana;"><br style="background-color: white; color: #262626;" /><span style="background-color: white; color: #262626;">Voltei pro sul e pra essa tal liberdade e aqui estou há quase 10 anos. Até quando? Não sei! Sempre estarei aberta a novas experiências.</span></span><br style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /></div>Kelen G. Tomazellihttp://www.blogger.com/profile/11662954302899203128noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-988133144211536626.post-73530640116710859702021-04-20T09:02:00.001-03:002021-04-20T09:02:51.523-03:00Eu sou bonita, só estou cansada<p><span style="font-family: verdana;">Quando surgiram os stories do Instagram tudo que eu pensei foi: que saco, mais um mar de selfies. Mas com o tempo não só me acostumei como passei a ser uma assídua colaboradora. E na pandemia os stories passaram a ser os responsáveis pelas mais valiosas trocas.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Foi pelos stories que esses dias compartilhei meu pânico com a situação do meu cabelo que cai sem dó nem piedade e que está em frangalhos, bem como minha pele e minhas unhas. As trocas maravilhosas de sempre, muito mais que dicas, me renderam um "tamo junto" coletivo, o que em mim gerou um "ufa": não é apenas um não investimento da minha parte em produtos que custam um rim, mas um reflexo dessa coisa louca que estamos vivendo que não teria como não afetar nossa saúde.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Já hoje, também nos stories, compartilhei um vídeo de um perfil que amo que é da <a href="https://instagram.com/celestebarber?igshid=61gjc3lht97e" target="_blank">Celeste Barber</a>, uma australiana maravilhosa que reproduz vídeos (muitas vezes bizarros, diga-se de passagem) de celebridades com seus corpos perfeitos mas de uma maneira cômica, especialmente por ela ter um corpo tão perfeito quanto, apenas fora dos padrões de beleza estabelecidos. Compartilhei e escrevi que às vezes tô me sentindo um bagulho mas quando vejo as postagens dela chego até a esquecer!</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Então uma amiga compartilhou comigo um <a href="https://www.instagram.com/p/CNvvFNQj6J6/?igshid=1jvai9zq7cul2" target="_blank">post</a>, em resposta às minhas últimas publicações ou não, que falava sobre o quanto mães não se fotografam. Por estarem se sentindo feias, descabeladas, mal vestidas, entre tantas outras coisas que sim, provavelmente eu me sinta muitas vezes. Foi aí que me dei conta que aquelas duas últimas publicações dos meus stories não tinham relação nenhuma entre si por mais que parecessem ter. Uma fala de saúde, tema com o qual eu sempre vou estar preocupada. A outra fala sobre padrões de beleza, coisa que definitivamente não me tira o sono. Ainda que eu sempre esteja querendo ter 5 quilos a menos, isso nunca me impediu de estar nas fotos que publico, sem filtro nenhum inclusive. Cabelo caindo me preocupa, cabelo em um coque mal feito tá tudo bem. Eu me aceito, desde que tenha saúde e esteja feliz.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Termino essa divagação toda com a frase da <a href="https://instagram.com/tatibernardi?igshid=fu8w6vxmm0w1" target="_blank">Tati Bernardi</a> que melhor traduz esse momento maluco todo e que é mais ou menos assim: eu sou bonita, só estou cansada!</span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-jrlLOPBqGG4/YH7BnEloxtI/AAAAAAAA8AM/V3Lu0afU0W8PI06wlGL3do6ihPktVKTHgCLcBGAsYHQ/s1080/IMG_20210417_213422_320.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-jrlLOPBqGG4/YH7BnEloxtI/AAAAAAAA8AM/V3Lu0afU0W8PI06wlGL3do6ihPktVKTHgCLcBGAsYHQ/s320/IMG_20210417_213422_320.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-UatfHxOSd5w/YH7BnY9IpqI/AAAAAAAA8AQ/bMnJSSgsFlUb0b5drLX1rKwKPNtpfCzAACLcBGAsYHQ/s1080/IMG_20210417_213422_362.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-UatfHxOSd5w/YH7BnY9IpqI/AAAAAAAA8AQ/bMnJSSgsFlUb0b5drLX1rKwKPNtpfCzAACLcBGAsYHQ/s320/IMG_20210417_213422_362.jpg" /></a></div><br /><span style="font-family: verdana;"><br /></span><p></p>Unknownnoreply@blogger.com0