quinta-feira, 10 de julho de 2008

Atentado ao pudor

Vou fazer uma coisa que faço raramente aqui: falar de arquitetura. Mas é por uma boa causa, creio eu.
Estou longe de ser especialista no assunto, mas adoro iluminação. E então um dia um tal de Thomas Edison inventou a lâmpada. E uns 100 anos depois, algum gênio inventou a lâmpada fluorescente compacta. Todos devem saber do que eu falo, mas vou dar duas explicações rápidas (e nada técnicas, por que quem faz isso é a Philips ou a Osram) sobre elas.
Posso dizer que é uma lâmpada de rosca, que encaixa no mesmo soquete da lâmpada incandescente, que é muito mais cara do que esta última, mas que consome muito menos energia, ou seja, a médio ou longo prazo pagou-se mais barato. Ou posso dar a segunda explicação: posso dizer que são elas aqueles objetos brancos e fálicos que de uns tempos pra cá começaram a tomar conta de churrascarias, fachadas, halls de edifícios, quartos e qualquer outro lugar onde elas possam ser rosqueadas.
Amigos: eu sei que é uma questão de economia, acho linda essa atitude e o meio ambiente agradece. Mas juro pra vocês: já existem lâmpadas fluorescentes compactas menores ou mesmo em formato bolinha, uma coisa mais querida do mundo. Aquele objeto cilíndrico que se projeta do forro é obsceno, cafona, um verdadeiro horror! E tem mais, elas não precisam ser na cor "branco farmácia", existe a versão amarela com uma luz que reproduz muito melhor as cores e que não dá a sensação de se ter entrado numa câmara fria. Ou melhor ainda: gastem um pouco mais, troquem também a luminária. Existem lindas luminárias pra este tipo de lâmpada, com vidro jateado que esconde o tal objeto branco e fálico!
Sigam meu conselho. E ao mesmo tempo entendam porque os arquitetos estão pedindo um troco para o ônibus: a gente dá dicas, opiniões, até mesmo conselhos de graça, afinal de contas, "é só uma dica", não custa nada! Mas pra instalar a tal da luminária, vocês são obrigados a chamar o maldito eletricista ali de baixo.

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