quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O primeiro passo para a arte de não fazer nada

"Parabéns por fazer parte do Clube de Nadismo!
Esse é um passo muito importante para uma vida mais leve e saudável.
Ainda vamos mudar o mundo sem fazer nada!
Curta o seus momentos de nadismo numa boa!"


Minha primeira demonstração como participante do clube do nadismo: estou indo para Ilha Grande fazer ABSOLUTAMENTE NADA (vulgarmente conhecido como PORRA NENHUMA).


quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Coisas boas desta vida

Fui hoje no Brunch de inauguração da loja Casa Rima (Cabral, 165). Se a tal da inveja boa existe, ela mora nesse corpo que vos fala neste momento. Tudo aquilo que tem naquele lugar, é o que eu queria fazer na minha vida. Inclusive já pensei em pedir demissão e ir lá servir cafezinho enquanto babo pelas paredes, pufes e almofadas. Recomendo, recomendo muito.

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Saí com as amigas arquitetas pra jantar na terça feira, e decidimos ir no novo restaurante japonês da Cidade, o Daimu (Dinarte Ribeiro, 169). Para nosso azar (?) não foi possível jantar, pois era o coquetel de inauguração... do qual gentilmente fomos convidadas a participar. Não sou adepta a invencionices em sushi, mas o hossomaki com recheio de salmão batido e coberto com um ninho de batata doce em uma finíssima palha é simplesmente dos deuses. Sim, sim, recomendo.
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E depois de comer muito pó e engolir muito sapo, acabei comendo também alguns dos muitos quitutes oferecidos no coquetel de inauguração do Barra Shopping. Legal ver a coisa pronta, mesmo que meus olhos inssistissem em enxergar os defeitos das nossas obras (e consequentemente buscassem incessantemente os defeitos das outras - não é neura não, é um mal da profissão). Mas não, este eu não recomendo tão cedo.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Debaixo dos caracóis?

Escova inteligente: R$150,00
Shampoo sem sal: R$18,50
Máscara de tratamento: R$ 29,50
Sair da cama como se tivesse saído do cabelereiro: não tem preço

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Passeio de domingo pós-guerra, digo, pós-obra

A pé, pela futura e não muito larga ciclovia da cidade, fui caminhando do futuro e não muito pronto Barra Shopping até a Fundação Iberê Camargo para ver a instalação do átrio que ainda não tinha visto. E eu, que não nasci para admirar a arte contemporânea, achei a coisa mais espetacular deste mundo, e me dei como missão, fazer uma miniatura disso na minha casa. Simplesmente sensacional.
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E no Café do Iberê, um Cappuccino frio custa R$0,50 mais caro que o mesmo Cappuccino quente. Vai entender...

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Porto Alegre vai ganhar um presentão

Nunca tinha visto nascer um Shopping. Iguatemi e Praia de Belas ficaram de pé nas épocas em que eu pensava em ser veterinária e publicitária. Em 15 anos de arquitetura, entre faculdade e profissão, nunca tinha presenciado um evento destes. E realmente é um evento. Trabalho nos mesmos projetos a cerca de um ano. Acompanhei decepcionada as três (ou seriam mais que eu nem soube?) mudanças de data de inauguração. Vi a Fernanda Lima jurar de pés juntos no mega-coquetel para a entrega das chaves aos lojistas, que a inauguração seria no dia 30 de outubro. Mentirosa!
Ganhei botas e capacete novos para encarar a obra no mínimo duas vezes por semana, coisa que faço há mais de dois meses. E a cada saída repito mentalmente a frase "Bah, mas isso aqui não vai ficar pronto em X dias nem a pau", diante da infindável obra do Barra Shopping Sul.
Pois então marcaram a, teoricamente, última data: 17 de novembro. E desta vez ninguém fez eles mudarem de ideia. Nem mesmo as minhas férias fizeram eles mudarem de ideia. Desgraçados!
A cada visita, a cara daquela obra gigantesca muda de figura. Cada dia que chego percebo que surgiu um novo elemento: uma palmeira, um granito na fachada, uma sinalização indicando as entradas, a marcação do estacionamento, ou então mais um letreiro me mostrando quem estará por lá.
E é justamente lá dentro, onde o contraste da obra seria cômico se não fosse trágico. Passeio pelo shopping de botinas e capacete e cruzo com as donas de lojas de rasteirinhas e chapinha no cabelo, ignorando a cara feia dos fiscais da segurança do trabalho. As meninas da limpeza insistem em passar um pano na prateleira de vidro, enquanto o gesseiro insiste em lixar o gesso em cima da mesma prateleira. O cliente entra em surto psicótico porque quer entrar com as suas mercadorias dentro da loja onde cerca de cinco eletricistas ainda estão pendurados nas eletrocalhas conectando fios. Enquanto uma loja não tem sequer seu piso instalado, ao lado dela repousa uma loja de bijus com portas fechadas e já recheada de pulseiras e anéis. E naquele formigueiro, gesseiros, marceneiros e obreiros em geral, se viram em vinte para que tudo fique pronto.
E graças a todos eles, a coisa cada dia mais vai tomando forma e terça-feira, ainda que a fórceps, ele vai abrir as portas para o público. Mesmo que ao sair de lá hoje eu tenha dado mais uma olhada em volta e tenha repetido mentalmente: "Bah, mas isso aqui não vai ficar pronto em 4 dias nem a pau".

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Carpe diem

Esses dias me contavam que uma pessoa que há anos não trabalhava (e que quando trabalhava na verdade não, tipo assim, realmente trabalhaaaaava) voltou pro batente. Ele, interessado em como ela estava se sentindo, questionou a respeito, no que prontamente veio a resposta.

Ah, pois é, tá tudo bem, mas é estranho né, porque no fim tu passa o dia todo trabalhando e quando sai do trabalho o dia já acabou...

Primeiro eu achei a resposta absurda. Uns três segundos depois achei ainda mais absurda porque essa porcaria é verdade! Se a gente já passa 1/3 da vida dormindo, pega mais 1/3 que tu com certeza passa trabalhando, e aí? É pra eu dividir todo resto que eu quero e preciso fazer em 33,3% do meu tempo? Ah, não sei não. Vou ter que abrir mão de alguma coisa nesses 66,6% aí, e o pior é que eu gosto muito dessa coisa de dormir... vou entrar pro Clube do Nadismo.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Trago esta rosa...

Auge do romantismo num sábado. Esquina da Ipiranga com a Borges, eu e ele no carro, chega o cara com seu balde cheio de rosas:

o cara - Vai uma flor aí parceiro?
ele - Não, valeu, ela não tá merecendo.
o cara - Hahaha.
ele - Podemos até trocar, tu me dá esse balde de rosas e fica com ela.
o cara - Hahahahaha.
eu - Isso, vão rindo. Depois vocês levam corno e não sabem porquê!!!

A minha parte eles não acharam muito engraçada.
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Há exatamente um ano vim parar nesse apezinho aqui. Parece que foi ontem que um taxista pra lá de camarada me largou aqui na frente com uma dúzia de sacolas que a mudança não havia trazido, cobrando mais do que devia e me chamando de vagabunda e ordinária só porque pedi dois pila de troco. Um verdadeiro doce aquele homem, que por sinal não me deu o troco. Melhor que ele só a chuva que desabou no momento que ele arrancou o carro. Há um ano que fiquei até as quatro da manhã esvaziando caixas e sacolas, guardando roupas e louças e colocando tudo no lugar, até mesmo os quadros. Sim, já não bastava terem me chamado de vagabunda em frente ao meu novo lar e ainda por cima iam querer que eu dormisse sem meus quadros na parede? Era só o que me faltava. Um ano se passou e tenho ainda mais quinquilharias do que já tinha quando cheguei aqui, mas achando que cada cantinho desse micro lugar onde eu moro tem um pouco de mim e da história desse ano que se passou. E deve ser em respeito àquela noite agitada e ao mesmo tempo vazia que a insônia bateu hoje.
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Em homenagem a este um ano, tenho uma dúzia de rosas num vaso. Não saíram do balde do cara daquela esquina, fui eu mesma que me dei; porque eu tenho certeza que mereço elas, ah se tenho; elas e muito mais.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

It's not the end of the world

Hoje era para eu estar entrando em férias, rumo ao Rio de Janeiro, com biquíni na mala, de pernas pro ar e bem longe do computador. O trabalho falou mais alto e aqui estou. Paciência. Não que eu tenha muita, mas estou tentando estocar um tantão dela dentro de mim pra não explodir. E confesso, não é exatamente com algo que se possa chamar de sorriso estampado no rosto que fiquei.
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Mas já que estou aqui, vou fazer o que de melhor se pode fazer por aqui nesta quinta-feira: R.E.M.

"...and I feel fine."