sexta-feira, 30 de março de 2007

Santa paciência

A caminho do meu Doritos, passei por uma gurizada de seus (sou péssima para definir idades...) 10, 12 anos que andavam de skate na calçada da Ramiro. Numa das manobras um deles perdeu uma rodinha. Automaticamente, outro deles começou a gritar:

- Ficou sem roda, hahahahahaha.
(pausa de 2 segundos)
- Ficou sem roda, hahahahahaha.
(pausa de 2 segundos)
- Ficou sem roda, hahahahahaha.

(pausa de 2 segundos)
- Ficou sem roda, hahahahahaha.

Na segunda eu já teria feito ele comer aquela rodinha. Enquanto isso o amigo dele simplesmente... Recolocou a rodinha no lugar e seguiu andando.
Taí. Esse aí não vai ter úlcera.

Intriga da oposição

Há muito tempo atrás, numa crise de pressão baixa, me ensinaram a velha história de colocar sal embaixo da língua para melhorar. Aprimorei a idéia e decidi que comer qualquer coisa salgada me deixaria menos boca-aberta quando a pressão baixasse.
Então não me venham agora com esse papo de que “não é porque sal faz mal pra quem tem pressão alta, que vai fazer bem pra quem tem pressão baixa”, que eu não vou deixar de comer o pacote de Doritos Queijo Nacho que eu comprei exclusivamente com a finalidade de me auto-medicar.

NY Pub 72, quinta-feira à noite

O que faz um bando de homens se reunir numa quinta-feira à noite num boteco sem nenhuma mulher sequer?

Taí uma pergunta que poderia ter uma resposta curta e grossa: homem sozinho está aprontando e ponto final. Certo? Pode até estar, mas sinceramente, e que meu namorado não me ouça, sei que essa não é a regra, é a exceção. Invejo os homens. Aqueles mesmos, que ainda ontem chamei de racinha dos infernos. Invejo a amizade entre eles, invejo a sinceridade entre eles, invejo a cumplicidade entre eles, invejo a parceria entre eles. Homem não troca uma saída com os amigos por uma hora marcada no salão. Não deixa de ir naquele encontro sagrado porque tá sem grana. Não desmarca compromisso porque a namorada inventou alguma outra programação. Marcou tá marcado. Combinou tá combinado. Homem é de fé. Homem praticamente não tem amigos, tem irmãos. Ah minhas amigas, a gente tem muito que aprender com essa racinha dos infernos.

O que faz mesmo um bando de homens se reunir numa quinta-feira à noite num boteco sem nenhuma mulher sequer? Devem olhar pra vários pares de pernas e vários pares de outras coisas que cruzarem por eles; devem fazer gracinhas; devem falar besteira; mas acho que em geral, eles simplesmente bebem cerveja e se divertem com os amigos. Coisa que nós mulheres, deveríamos fazer mais vezes, muito mais vezes.

quinta-feira, 29 de março de 2007

Ô racinha dos infernos

Às vezes eu me pergunto:
POR QUE, MEU DEUS, EU NÃO NASCI GOSTANDO DE MULHER?!?

Deu hoje no Jornal Hoje

Após algumas informações sobre mais uma internação de Diego Maradona, da ida contra vontade ao hospital, e da tentativa de saída no meio da noite, o repórter informa sorridente:

"Os médicos afirmam que seu estado de saúde é estável, e que ele se encontra tranqüilo e sedado”.

Sedada, meu querido, até eu em TPM fico tranqüila!

segunda-feira, 26 de março de 2007

A pedido

Entrei na loja de uma amiga no sábado retrasado, pós meu suposto fim de namoro, com um par de olheiras que não fariam inveja a ninguém. A torneira se abriu no momento em que a frase "o que houve?" foi pronunciada. Saí de lá um tempo depois, com lingeries e ânimo renovados, e com algumas idéias na cabeça. O resultado das idéias postas em prática, gerou um pedido de depoimento para o blog da loja.
Poderiam existir duas versões de depoimento: a história real, tal e qual se sucederam os fatos, ou somente a lição tirada. Fiquei com a segunda opção. A primeira, talvez uma outra hora eu conte aqui.


"Cada vez que decidimos iniciar uma dieta nos dizem a mesma coisa. Emagrecer é fácil, difícil mesmo é manter. Sabe o amor? Pra mim funciona do mesmo jeito.
Fazemos de tudo para conquistar uma pessoa. Mudamos nossa rotina, nos adaptamos a coisas que nunca imaginamos, abrimos exceções, nos transformamos, nos produzimos, nos preparamos, nos preocupamos. Existem expectativas, existe emoção, existe razão, existe um objetivo. Até que certo dia não dá outra, a pessoa cede aos nossos encantos. Ponto para nós!
Fácil? Agora é que começa a complicar.
De uma hora pra outra aquele homem perfeito, o príncipe encantado que tanto sonhamos, nosso par ideal, precisa de alguns ajustes para se ajustar a nós. E esses ajustes só virão se cobrarmos, se reclamarmos, se pressionarmos. E sem nos darmos conta quem segue se transformando somos apenas nós. A tática passa a ser pegar todas as coisas ruins que ele faz e fazer igual, para ele ver como é bom; e isso não é nada bom. Diz alguma piada antiga, que as mulheres casam pensando que o homem vai mudar mas ele não muda, enquanto os homens casam pensando que a mulher não vai mudar, mas ela muda. Piada?
De repente se torna cansativo demais sair, se divertir, ser parceira, quando muito mais fácil do se que produzir para uma noite só com ele, é colocar aquela camiseta velha e amarrotada e ir deitar cedinho. E nessa hora ele deve se perguntar: onde foi parar a mulher por quem eu me apaixonei?
Limites, liberdades, diferenças, expectativas. Tantas palavras que precisam sempre de um acompanhamento fundamental: respeito. A falta desse conjunto todo faz vir por água a baixo qualquer conquista, por mais árdua que ela tenha sido. A falta disso tudo passa uma borracha em tudo que foi bom em um relacionamento. A falta disso tudo faz simplesmente não valer a pena. Enxergar isso, se dar conta do erro, tentar consertar, trocar a camiseta velha por uma lingerie nova, dar uma chance, pedir uma chance. Fazer o relacionamento ter sempre cara de início de namoro, aquela fase de conquistar um pouco mais a cada dia, aquela fase onde tudo é bom, aquela fase onde tudo vale a pena.
Amor precisa de tempero, precisa de um sabor novo a cada dia. Não tem receita. Está nos pequenos toques, que fazem cada um de nós ser alguém tão especial e único. E parte da receita com certeza é sempre nos sentirmos assim.
Palavras de uma especialista? Depende do ponto de vista. Sempre preferi a prática do que a teoria. E na prática amor faz parte do meu cotidiano. Amo incondicionalmente, sofro desesperadamente e posso dizer que me conheço razoavelmente. O suficiente pra ter me dado conta que eu sou sim, especial e única e quero alguém que me veja assim."

quarta-feira, 21 de março de 2007

Praticidade feminina

Existem dois tipos de sombrinha: as que cabem na bolsa e as que nos protegem da chuva. As funções não são cumulativas.

terça-feira, 20 de março de 2007

Sensibilidade masculina

Conversávamos romanticamente ontem à noite, quando ele comenta:

- O bom aqui de casa é que quando a gente brigar eu posso ir dormir lá na rede, né?


(pausa para pensar)

- Quer dizer, eu não, tu pode ir dormir lá na rede.

(pausa para pensar um pouco melhor)

- Quer dizer, se a gente brigar eu te mando é pra tua casa!

segunda-feira, 19 de março de 2007

Mutante

Este foi, sem sombra de dúvidas um dos piores melhores piores melhores piores melhores finais de semana da minha vida.

quarta-feira, 14 de março de 2007

The day after

O dia do meu aniversário sempre foi importante pra mim. Até porque deve ser o único dos 365 dias do ano que eu me coloco em primeiríssimo lugar.
Eu não quero saber se a carteira está zerada, nesse dia é obrigatório ter roupa nova, fazer pé, mão e cortar o cabelo. Não quero saber se MSN é proibido, vou ficar a tarde toda falando com a minha amiga que mora na Itália e com todos os outros que me chamarem pra bater papo. E vou sim entrar no Orkut e ler (e responder) todos os meus parabéns. Eu vou ficar rindo sozinha na frente do computador quando ler mensagens lindas no meu e-mail. Eu vou chegar mais tarde e sair mais cedo, até porque na minha cabeça, dia 13 de março deveria ser feriado pelo menos pra mim. Eu vou alugar meu namorado pra dar carona, buscar torta e me aguentar o dia todo. Irmão vai virar fotógrafo ou garçom, só nesse dia. Eu rezo pra não chover, preciso do sol de dia e uma noite maravilhosa de presente.
Aí chega o dia 14 de março e tudo volta a ser como antes. Na verdade, quase tudo. Porque nesse dia, depois do aniversário, a gente se dá conta do que importa e de quem se importa. E são essas grandes pessoas ou mesmo alguns pequenos gestos que fazem valer a pena os trinta anos que se foram e os próximos trinta que acabaram de começar.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Sonho?

Na tela do Unibanco Arteplex, passava a linda campanha do Jardim Europa. Quase um sonho. Na saída do cinema, em frente ao Bourbon e ao Iguatemi, gangues de pivetes trocavam provocações, tapas e tiros. Quase um pesadelo.
Tomara que com a mesma grana investida em publicidade, consigam transformar aquela campanha em realidade.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Esse é o nosso presidente

Lula durante discurso sobre distribução de preservativos:

"Não podemos proibir nossos filhos de fazerem sexo. Até porque sexo é uma coisa que quase todo mundo gosta".

Eu não ia escrever esse post

Nos meus sonhos, eu teria chegado até aqui diferente.
Queria estar fazendo arquitetura só por hobby.
Queria ter a minha casa. E o meu cachorro. E o meu carro na garagem.
Queria ter casado, ter tido uma filha.
Queria ter saldo suficiente pra esquecer que tenho uma conta no banco.
Queria ter conseguido tirar muitas férias. Pelo menos duas por ano.
Queria ter feito depilação definitiva. E plástica no nariz.
Queria ter aprendido a tocar violão. E ter continuado estudando piano.
Queria ter terminado o curso de inglês. E de Italiano. E de francês.
Queria ter conhecido Nova York. E a Itália toda. E Paris.

Queria ter continuado a faculdade de Artes Plásticas.
E ter feito um curso de fotografia.
E mais um de gastronomia.
Queria terminar essa lista, agora sem reticências no final.
...
Tomara que uma mulher de vinte e poucos anos seja aquela que sonha.
E a de trinta quem faz acontecer.

domingo, 4 de março de 2007

Foi dada a largada

O post sobre como cheguei aos trinta sem ter feito ou conquistado uma lista bastante grande de coisas que gostaria muito de ter feito e conquistado, estava pronto na minha cabeça. Enquanto eu ia me convencendo de como eu estava em dívida comigo mesma, fui fazendo uma maratona por médicos, um perfeito check-up-pré-trinta que encerrou nesta sexta-feira. Aos poucos, eles me convenceram a não escrever aquele post.

- Tu tens uma freqüência cardíaca de atleta.
- Tuas veias estão ótimas, nada de cirurgia.
- Nenhuma mancha suspeita.
- Tua visão é perfeita.
- Tudo OK com teus exames.


OK. Não fiz nem conquistei uma lista bastante grande de coisas que gostaria de ter feito e conquistado. Mas saúde não está me faltando. E como diria Pedro Bial "Saúde e paz, que o resto a gente corre atrás". Chegou a hora de correr.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Pit Bull

Recebi um e-mail de uma amiga sugerindo que fizesse um teste pra descobrir que raça de cachorro eu seria. Inocentemente respondi às perguntas sem ver muito problema nisso. O resultado?

"Precisa dizer mais? Autoritarismo e agressividade parecem mesmo ser a sua marca registrada. Tudo bem, essa violência toda só é liberada se alguém o provocar. Mas por trás desta postura totalmente bad girl existe alguém que realmente se importa com as coisas simples da vida. Tome apenas o cuidado para não rosnar e fazer cara feia para pessoas que apenas querem conhecer melhor a sua parte."

Verdades a parte, Pit Bull foi crueldade demais.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Hã?

Vou no médico achando que tenho algum problema sério.
Ele me comunica que apenas sofro de "síndrome dos membros inferiores irrequietos".
Não sabem mais o que inventar.

A cura

Gigante da Beira Rio, quarta-feira.
Três gritos de gols que saíram até gastar a voz.
Nunca estive tão bem.