terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Mais um ano vai, outro ano vem

Em nenhum ano da minha vida tantas coisas aconteceram, tantas coisas mudaram. É tanta coisa que parece nem caber em um ano só. Essa é a única maneira que consigo definir ele: intenso.
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É muito difícil tomar uma decisão. Sempre tem que se pensar em muita coisa envolvida. Eu li esses dias um negócio que dizia que pra cada decisão importante a ser tomada, antes de decidir pra valer, temos que pensar na repercussão que essa decisão vai causar na tua vida em 10 minutos, em 10 horas, em 10 dias, em 10 semanas, em 10 meses, em 10 anos (na verdade não são tantos 10 assim, mas eu não lembro mais quais são os certos então escrevi todos na devida ordem cronológica). Só que essas decisões todas nunca envolvem tu, tua vida e nada mais. Sempre envolvem outras pessoas, envolvem mudanças inesperadas, envolvem perdas e não só ganhos, envolvem dúvidas, envolvem incertezas. Porque a vida é assim: envolvente.
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Às vezes temos que passar por cima de pessoas. Às vezes temos que passar por cima de nós mesmos. Às vezes temos que escolher entre essas duas opções. As pessoas durante toda nossa vida entram, saem e voltam sem pedir licença. Nós não. Nós fazemos parte dela em tempo integral. Nós somos ela. Então chega uma bela hora que somos nós que importamos e é somente em nós que devemos pensar. Poderia chamar isso de egoísmo, mas prefiro chamar de coragem.
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Minha vida entrou o ano dando uma super pirueta e está terminando fazendo várias acrobacias. E quer saber? Acho que ela não vai parar tão cedo de fazer isso. Porque eu sou inquieta. Porque eu sempre quero mais. Porque eu acho que sempre pode melhorar. Porque eu nunca vou estar satisfeita enquanto não estiver plenamente feliz.
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INTENSO. ENVOLVENTE. FELIZ.
É assim que eu quero 2010. E nessa hora não vou ser egoísta: é o que eu desejo pra todos nós e não só pra mim. E que todos tenham coragem de acreditar que isso é possível. Só depende de nós.

ps: confesso que lembrei da música de abertura do Balão Mágico lá de mil novecentos e preto e branco. A coisa toda do circo, do palhaço, do riso e pricipalmente a parte do depende de nós. Putz, mas Ivan Lins é brega demais pra pôr no blog, não é não? Tá. Mas entrem , leiam a letra. Afinal, fim de ano e esse xa-lá-lá todo é sempre meio brega mesmo.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Tudo novo de novo

Tudo começou em Paris. Chique isso, não? Na verdade vou até abrir um parenteses.
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(O problema de passar dois meses e pouco viajando, é que depois que tu volta parece tudo tão distante e irreal, que às vezes me escuto falando e contando coisas e parece que eu tô sei lá, delirando. "Essa blusa? Comprei em Londres lá no..."; "Nas ciclovias de Barcelona eu andava..."; "Conheci um Australiano em Roma que...". Besteira? Pode ser, mas é a pura realidade. Ou melhor, parece sonho.)
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Parenteses fechados, tudo realmente começou em Paris, há dois meses (viu? delírio! Como assim já faz dois meses?). Estava na casa do Eduardo, quando ele me chamou pra ver a reportagem sobre a escolha do Rio como sede das Olimpíadas de 2016. Roubalheira, quantidade de grana que poderia ir pra outras coisas, violência e pouco tempo para tudo que deve ser feito por lá a parte (porque eu sou sonhadora, mas não sou burra), pensei naquela hora em voz alta: o Rio vai ser um bom lugar pra se trabalhar nos próximos anos. E aquela frase dita sem maiores pretensões foi engavetada por uns tempos.
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Porto Alegre, trabalho, rotina, casa, pessoas, decepções, frustrações, ânsia, inquietação. Não eram mais os outros, eu comecei a me achar fora de contexto. Alguma coisa não estava fechando nessa minha volta a vida normal, alguma coisa tinha mudado. E demorou um pouco pra eu me dar conta que a vida não era o problema, ela seguia a mesma, o problema era eu. A eternamente insatisfeita estava adivinhem o que? Insatisfeita. Com tudo. Sentia como se a minha vida tivesse virado um quebra-cabeça que eu não conseguia sequer tirar da caixa pra começar a montar. Cada pecinha que eu ameaçava pegar na mão, acabava jogando longe achando que não era por ali que eu deveria começar. E foi aí que aquela frase dita lá em Paris pulou da gaveta começou a causar uma revolução dentro de mim.
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Abandonei aquele jogo desmontado e gasto e me dei de presente um quebra-cabeça novinho em folha. Cheia de vontade coloquei a primeira peça no lugar. Comecei a gostar tanto da brincadeira que não consegui mais parar de montar. A viagem, a passagem, o trabalho, a casa, o curso, os amigos, o que vai, o que fica, o que eu ganho, o que eu perco. E nesse final de semana eu terminei de montar o quebra cabeça colocando a única peça que faltava, a família.
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Quebra-cabeça montado, agora só falta arrumar as malas. 2010 vai entrar e eu vou estar de braços abertos sobre a Guanabara esperando por ele.  Sem passagem de volta marcada. Por enquanto.


"Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar
Rio de sol, de céu, de mar "
(Samba do Avião - Tom Jobim)

sábado, 5 de dezembro de 2009

Simplicidade

Desabafo com o afilhado de 5 anos:

- Preguiça de correr amanhã...

No que ele me responde:

- Tá, mas e tu precisa mesmo correr?

Fácil resolver, né?

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Mega

Poucas coisas são tão divertidas quanto listar o que a gente faria se ganhasse na mega. 
Ganhar na Mega provavelmente seja a primeira delas.