terça-feira, 1 de julho de 2008

São Paulo, terra boa

São Paulo com estômago de avestruz - fui visitar a FISPAL pela primeira vez. Despreparada para o evento, almocei antes de chegar lá, achando que veria apenas equipamentos para cozinhas e restaurantes. Dei de cara com o maior BL da minha vida. E então, nesta ordem, degustei pão de queijo, cachorro quente, picolé de açaí com leite condensado, muzzarela de búfala, lascas de parmesão, pão com azeites Borges de todos os sabores, vinho tinto, suco de babosa, cebolitos caseiro made in china, cappuccino do Octávio Café, mousse de chocolate branco com damascos, pão de cerveja, azeitonas chilenas, frozen de ovomaltine, bala de coco com iogurte, pure de batatas knorr, risotto a Valligiana Tio João, drink de Saquê Hakusika com chá verde e wasabi, e só. E, putz, perdi a degustação de picolé de mamona e da caipirinha pronta One.

São Paulo com muito dinheiro - não era a minha situação, mas ainda assim, não pude deixar de conhecer o Shopping Cidade Jardim. Um desbunde, palavra que não faz parte do meu vocabulário; assim como o lugar não faz parte da minha modesta realidade (nem de alguma realidade próxima a mim). Até o ar que se respira lá dentro deve ser diferente. Na primeira edição da revista do shopping, que tem como capa a garota propaganda Sarah Carrie Bradshaw Jessica Parker, termos como "original", "eclético", "despojada", "sobriedade", "comodidade" e "modernidade" descrevem o shopping e suas lojas. Eliminaria apenas o eclético. Acho que o foco é ultra direcionado. Ele pode até ser para executivos ou dondocas, artistas ou socialites, mas todos sempre com uma coisa em comum: muita grana. Não é a toa que o pública alvo é o AAA, e o mais perto que chego desta sigla é se estivermos falando sobre pilhas alcalinas. Mas isso não é nenhuma crítica não, é a mais pura inveja. Inveja de quem chegou de táxi e decidiu sair a pé de lá. E como acha a saída? Quem disse que esse Shopping foi feito pra quem vai encarar o metrô?

São Paulo sempre bem acompanhada - de quinta até sábado, uma gripe chegou sem pedir licença e me deixou trancada no quarto do hotel todas as noites. Deliciosa companhia... pra compensar a falta de sorte, no domingo peguei o metrô e encarei uma bela caminhada pra realmente encontrar uma boa companhia: minha mais nova amiga paulistana (o chimas na mão comprova o quão paulistana ela já está). E juntas, muito xingamos os verdadeiros paulistanos (mais de dez no meu caso) que atrasaram nosso encontro por não saberem informar - já dentro do Ibirapuera - onde ficava o MAM! Em compensação bastou chegar perto do apartamento dela pra darmos o braço a torcer pra essa cidade: em uma única quadra mais de dez opções de almoço dos mais variados tipos. Acabamos num bistrô, sentadas numa varanda, ao som de música ao vivo. E com mais uma pitadinha de inveja em mim.


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