segunda-feira, 4 de maio de 2009

Beijo, me liga

Tive um namorado que me assustava. Pra ele nunca teve "não sei, talvez, quem sabe, vamos ver". Era sim ou não. A cada separação, um dia depois da briga, eu já não tinha mais um apelido carinhoso, voltava a ser a Kelen, assim, no seco.
"...mas quem sabe...". Não.
"...e se a gente...". Não.
Claro que se tiveram idas e vindas foi porque algumas vezes ele cedeu. Por que? Simples. Porque nessas horas o "não" tinha virado "sim". Enquanto fosse "não sei, talvez, quem sabe, vamos ver" seria sempre "não". Sempre achei aquilo de uma frieza sem fim.
.:.
É aí a vida vai me mostrando que os homens em geral não sabem dizer não. Eles preferem atacar com muitos desses "não sei, talvez, quem sabe, vamos ver". Pra bom entendedor meia palavra basta ou "não tenho coragem, logo enrolo"? Qualquer que seja a opção, hoje prefiro o não. Pena? Não sintam. Um não é melhor que muita coisa nessa vida, pena é uma delas. Não tem certeza? Perdão, nesse caso ainda prefiro o não. Prefere sumir? Agora eu que digo: por favor, sejam homens: apareçam e digam não!
.:.
Hoje admiro a atitude daquele namorado. Podia até ter frieza, mas tinha também uma baita qualidade em falta no mercado: coragem.

Nenhum comentário: