sábado, 27 de março de 2010

Pode espiar a vontade

É como se fosse um BBB pessoal. A gente é escolhida - não exatamente pelo Boninho - arruma as malas e entra na casa. No começo tudo é bom, tudo é festa, tudo é novidade. Mas de repente passa o tempo e vem uma espécie de sofrimento, de angústia, de saudade, de solidão, de dúvida, de o-que-é-que-eu-vim-fazer-aqui-mesmo.
"Não sei mais se quero ficar, acho que eu quero sair, mas e o dinheiro todo que eu vim até aqui conquistar, e o pior, o que os outros vão pensar?".
Do lado de fora da casa, enquanto espiam o que se passa lá dentro, as pessoas torcem, vibram, criticam, opinam. Opinião inclusive é o que nunca falta. "Ela está muito quieta", "Ela deveria se impor mais", "Ela deveria se envolver com alguém", "Ah, mas que coisa chata, foi até lá por que quis e agora fica chorando pelos cantos", "Desse jeito ela vai acabar no paredão!". Todo mundo sempre acha que se estivesse no lugar "dela" faria diferente, provavelmente melhor. Na hora da eliminação, damos de cara com familiares, amigos e micos de auditório te esperando do lado de fora num misto de felicidade, curiosidade e decepção. Definitivamente é um BBB. Só não vou abraçar o Bial, nem ser convidada pra posar pra Plaiboy. Mas taí o Dourado que não me deixa mentir: a gente sempre pode voltar e fazer tudo diferente.

Nenhum comentário: