sexta-feira, 14 de maio de 2010

La trama y el desenlace

Um amigo trouxe de Barcelona o último CD do Jorge Drexler. Já ouvi ele diversas vezes, mas ainda não me apaixonei. É ele: a mesma voz, o mesmo violão, os mesmos toques do som brasileiro, aqueles metais diferenciados, mas dessa vez não bateu, deu uma sensação que faltou. Por puro achismo, decidi que quando ele produziu este CD ele não estava curtindo nem uma paixão, nem uma fossa. E eu penso que cada um desses fatores, sempre foram as maiores fontes de inspiração das melhores música dele. Só isso explica este estar faltando. Eu ouço e acho bom, mas é simplesmente música, não mexe comigo.
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Ontem encontrei um outro amigo que reclamou que tenho escrito pouco por aqui. Não tenho outra resposta: estou sem inspiração. Nem curtindo uma fossa, nem curtindo uma paixão, uma coisa assim meio faltando. E eu penso que cada um desses fatores sempre me fizeram por pra fora meus melhores textos. Só isso explica esse estar faltando. Eu escrevo, leio e até acho bom, mas são simplesmente textos, não mexem comigo.
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E então descobri uma frase do próprio Jorge Drexler que diz o seguinte:

"Mais que o desenlace, eu quero desfrutar o trajeto."

E de uma hora pra outra, a pessoa que tanto prefere vibrar, se viu em um trajeto sem curvas, sem subidas nem descidas, sem ter pra onde nem porque se jogar. E é boa essa sensação de tranquilidade, mas as vezes ela beira a monotonia. Preciso ainda me acostumar a olhar pra frente e seguir caminhando mesmo sem ver um ponto certo onde chegar. Uma hora ou outra vai acabar aparecendo um desvio.

"Esto que estás oyendo
ya no soy yo,
es el eco, del eco, del eco
de un sentimiento"

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