sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Tragédia sem tango

Fiquei tao chocada com a rapidez da doença do Nico Nicolaiewsky que não me saiu da cabeça o dia todo. Fui num Tangos e Tragédias no Teatro São Pedro há uns 20 anos. Depois fui ver o aniversário de 20 anos na Praça na Matriz. O meu terceiro e último encontro com aquele humor único foi num Encontros com o professor no Studio Clio. Sentei na primeira fila e segurei o quanto pude uma ida ao banheiro. Por não querer perder nenhuma piada. E por não querer virar a piada. Pé por pé me levantei e o Maestro não perdoou:

- Vem cá hein, vai ser número 1 ou número 2?

Do tipo de piada que só naquele portoalegrês do Maestro teria graça. O mesmo Maestro que conseguiu fazer até "Ai se eu te pego" virar música. Neste verão fomos comprar ingressos e vimos o anúncio de cancelamento das sessões daquele final de semana. Ainda brincamos, vai ver que não teve muita procura... como se fosse possível. O que a gente não imaginava que seria possível era o espetáculo não fazer parte dos nossos próximos verões.


"Lembro tudo isso mas... parece como num sonho... eu sinto o galope numa velocidade vertiginosa que rasga o tempo e nos lança numa zona sem fronteiras, onde o principio e o fim se encontram. Onde o amor e o ódio, a verdade e a mentira o instante e a eternidade são pedaços ...de um pedaço....de um pedaço....de um pedacinho de um pedaço."
(Maestro)

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