domingo, 14 de maio de 2017

O primeiro dia das mães

Sempre estive tão certa de que só queria que o Lucas nascesse com saúde, que não imaginava a emoção que sentiria por ter ele de parto normal. Não imaginava que desde o primeiro dia em casa, a cada dormida, colocaria a mão sobre o peito dele e de lá só tiraria ao ter certeza de que ele segue respirando. Não imaginava que daria de mamar em absolutamente qualquer lugar sem restrição nem constrangimento e cheia de orgulho. Jamais imaginei que o trabalho ficaria em segundo plano e que meu tempo de dedicação quase exclusiva a ele acabaria sem prazo definido para acabar. Nunca imaginei que ficar longe dele por algumas horas fosse uma tarefa tão árdua e gargalharia se me dissessem que ninguém que ficasse com ele, exceto meu marido, me deixaria 100% tranquila. Não me imaginava fazendo inúmeras perguntas idiotas pro meu pai, pediatra, nem fazendo as mais absurdas pesquisas no Google. Por mais furiosa que eu seja, jamais imaginei que viraria uma onça ao ver qualquer pessoa não respeitando a forma de cuidar uma criança que aprendi e entendo como correta. Não imaginava como seria deliciosa a sensação de perceber que minha voz é capaz de acalmar e acarinhar. Sequer imaginei que uma noite mal dormida fosse automaticamente esquecida ao ver o sorriso dele brincando no berço pela manhã. Não imaginei que suspiraria a cada carinho, que sorriria a cada olhar, que choraria com uma gargalhada, que registraria cada dia, que comemoraria tanto cada novidade e que simplesmente olhar pra ele ali na minha frente, por si só, pudesse me encher de tanta paz e tanto medo simultaneamente.
Quando engravidei, algumas pessoas me disseram que não me imaginavam mãe. Elas estavam certas. Eu também não imaginava nem de perto o que realmente significava isso. E o melhor de tudo é saber que essa descoberta incrível está apenas começando. Feliz (meu primeiro ) dia das mães!

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