domingo, 3 de setembro de 2017

Run baby run

Saí pra correr ontem a noite querendo um pouco mais que cruzar a linha de chegada. Queria muito que a cada passada agosto e os problemas que vieram com ele ficassem pra trás. Problemas que culminaram com férias canceladas, uma frustração com a qual não estava sabendo lidar. Com meu fone de ouvido esquecido em casa, fiz uma corrida silenciosa, e enquanto minhas pernas corriam pela beira do rio, meus pensamentos corriam pelos monumentos de Roma, pelas ruelas de Siena, pelos campos da Toscana, pelas pontes de Florença, pelo colorido de Cinque Terre, pelos canais de Amsterdã. Pensei eu que quando cruzasse a linha de chegada viria junto um turbilhão de lágrimas que insistiram em não cair em nenhum momento nas últimas semanas. Mas tudo que fiz ao encerrar a prova foi soltar um grande suspiro. Talvez porque tenha finalmente me dado conta que a vida é muito curta pra sofrer com as nossas frustrações. Ou tenha me dado conta que a vida é muito curta pra sofrer. Ou simplesmente que a vida é muito curta.

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