quinta-feira, 13 de março de 2025

(...) feliz

Quarenta e oito anos.

Cheguei num momento em que passei a me identificar com as respostas simples e clássicas das candidatas ao concurso de miss: tudo que eu desejo é mesmo a paz mundial [a interior pode vir junto] e assumo que meu livro favorito, no fundo, no fundo foi mesmo O Pequeno Príncipe [já viram as versões pop up e a versão brasileira estilo cordel?].

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Há alguns aniversários, encontrei uma tirinha do Snoopy que falava sobre ser absurdamente feliz. E por bastante tempo essa tirinha me empolgou, até eu me dar conta da força daquela palavra. Absurdamente. Continuei divagando sobre a tirinha de alguma forma em absolutamente todos os próximos dias 13 de março. Até que esse ano, semanas antes do meu aniversário, me deparei com uma outra frase de uma escritora que adoro, que também trazia a palavra feliz, e voltei a pensar nas minhas questões sobre felicidade.

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Em meio a essas divagações, torcendo pela paz mundial e mergulhada em meio a livros infantis, me dei conta o quanto estou realmente feliz, independente do advérbio que acompanhe esse sentimento. E pretendo continuar assim, [distraidamente] feliz. Soprando dentes de leão e me emocionando com isso, bem como com o pôr e o nascer do sol, e também o da lua, e com passarinhos e seus cantos, e com os raros vaga-lumes que encontro, e com todo arco íris que se formar no céu depois da chuva, e com o brotar de uma semente plantada por mim, acreditando sempre e, aí sim, absurdamente na força e na beleza da vida.