sábado, 24 de fevereiro de 2007

Eu e meus dois umbigos

Eu poderia ter nascido na época dos espartilhos, onde toda mulher (pelo menos quando vestida) ficava bem peituda e com cintura fininha.
Mas a coisa foi evoluindo, foram revolucionando, foram se rebelando e embestaram em usar calças. Se tivessem se contentado com aquelas calças mais masculinas, de cós alto, eu não estaria sofrendo agora. Pois aquele cós, que tanto nos envergonha em fotos das décadas passadas nos estilos bag, semi-bag, clochard e semelhantes, pelo menos ficava na cintura e o botão coincidia com o meu umbigo.
Mas não era suficiente usar calças, elas tinham que ser sexys e o cós tinha que ser baixo, lá embaixo, ultra baixo em alguns casos, coisa que modificou até mesmo até onde deveria ir a depilação.
E aí, pobres mortais como eu, sofrem do mal do segundo umbigo. Aquele furo, que fica "registrado" pelo cós da calça (e que cria o famoso panetone) logo abaixo da gordurinha localizada e que coincide exatamente com o botão da calça.

Com calça, ou sem calça, ele está ali, cada vez mais fundo, graças às 8 horas diárias de bunda sentada na cadeira forçando a pança no botão. E a calça nem precisa estar justa, sentou, forçou. Acreditem. Se meia hora de malhação todo dia, define barriga, oito horas diárias de calça apertando, criam um segundo umbigo. Pois a partir de amanhã, fico um mês sem usar calça jeans, calça com botão, qualquer coisa que me estrangule. E se funcionar, não uso nunca mais!
Se alguém está lendo aí e é homem, cuidado com o que vai falar, vai acabar saindo bobagem. E se alguém tá lendo aí e é mulher, e não sofre desse mal, é porque não tem barriga, então melhor não falar comigo agora também.

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