terça-feira, 4 de junho de 2019

Aiolé Aiolé

Fui levar o Lucas na escolinha de carrinho abaixo de neblina. Quando percebi que ele chegaria molhado de tanta umidade coloquei a capa de chuva no carrinho. Como sempre, fomos cantando em alto e bom som até lá. E aí a gente descobre todo tipo de ser humano que cruza nosso caminho.
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- Olha essa aí, ensacou a criança!
Senhorinha apontando pra mim mas falando pra uma terceira pessoa; piores pessoas...
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- Bem que tu faz, criança e velho tem que cuidar.
- E mães também, né?
- Mães não precisa, vocês já vem com uma proteção extra.
O velho era ele, a criança era o Lucas e a super mãe que não precisa de proteção é essa que vos fala; quase uma boa pessoa...
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Sempre que cantamos na rua as pessoas passam por nós nos olhando. Hoje cruzamos por olhares duvidosos (tudo bem, não canto muito bem mesmo), olhares curiosos (talvez não entendam a letra da música?) e também por sorrisos (como não sorrir pra esse Alemão cantor?). É lá íamos nós:
- Foi na loja do mestre André, que eu comprei um violão...
E eis que nesse momento surge uma senhora muito alegre que entra no coro:
- Blam, blam, blam, um violão!
As melhores pessoas! 

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