Coloquei um vestido hoje e ri sozinha lembrando do tombo que levei em Santiago usando ele. "Eu vou ali comprar o saxofone e já volto", e nessa meia volta, volver, algo saiu errado e de repente me vi no chão. Na mesma velocidade que eu caí, levantei, ainda que com as mãos latejando, o vestido todo sujo e pela dor, certamente com o joelho todo ferrado. Pois se o tombo atraiu pessoas pra me ajudar, meu sorrisinho cínico e minha postura de "tá tudo bem" rapidamente as afastou. Sacudi a sujeira, respirei fundo, segurei o choro e saí andando, como se nada tivesse acontecido ou estivesse doendo, afinal, vida que segue, eu tinha um saxofone pra comprar.
Caí então nas minhas inevitáveis analogias e concluí: "tombos literais" são bem mais fáceis de lidar.
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