Este vai ser o primeiro Natal, em 31 anos, que vou passar longe da minha família. Na quinta passada quando levei meus pais na rodoviária para eles irem para Punta ao encontro da minha irmã, cunhado, afilhados e irmãos e me dei conta disso e confesso pra vocês: voltei pra casa dirigindo e chorando. Não por não gostar de onde ou com quem vou passar o Natal este ano, até porque por diversos motivos a decisão de ficar por aqui foi minha. Mas porque Natal pra mim tem um único significado: família, a reunião da minha família.
Que já foi comemorado com todos os 10 irmãos do meu pai e seus respectivos filhos e maridos e esposas, na casa da minha avó paterna, depois reduzido a casa dos meus pais com a nossa família e a minha querida avó materna e um pouco mais tarde com a dolorida ausência dela mas com a alegre chegada dos meus dois amados afilhados na casa da minha irmã.
Hoje seria o dia do ano que fizesse chuva ou sol, eu estaria em Gramado a tarde cortando as coisas para o arroz a grega. A ceia seria exatamente aquela feita há anos repetidamente: o peru, o chester, a salada, a farofa, as frutas, os fios de ovos e é claro, o famoso arroz. Todo mundo tomaria champanhe, faria o amigo secreto, as filhas se uniriam pra pegar no pé da mãe, que automaticamente implicaria com o pai, enquanto o filho mais velho começaria a programar sua saída estratégica rumo ao Bill (isso se ele não tivesse aprontado na noite anterior e por isso estivesse de castigo) e o mais novo para a casa da namorada; no mesmo instante a italianada estaria num misto de conversa e briga praticamente insuportável, enquanto ao fundo as crianças continuariam brincando com seus mais novos presentes. Eu, como há anos vinha fazendo, iria da ceia diretamente para a minha cama, pronta para acordar no outro dia e comer uma super fatia de um dos 10 panetones ou chocotones exageradamente comprados pela minha mãe.
Naquele dia na rodoviária enquanto via a atrapalhação do pai e da mãe, acostumados a viajar de carro, chegando com a maior quantidade possível de sacolas, sacolinhas e sacolões, bolsas, jornais embaixo do braço, óculos esquecido no carro, box errado, passagem por comprar e é claro, em cima do horário, ria por dentro vendo como tudo aquilo é familiar e o quanto eu tenho deles correndo nesse sanguezinho aqui, ainda que viaje de uma forma bem diferente.
Ah... família é família. Com suas qualidades e defeitos, sempre vai ser a nossa família. É uma daquelas coisas que a vida escolheu por nós e está presente até mesmo quando está a quilômetros de distância. Amo vocês todos e espero que hoje a noite sintam falta do mau humor da eterna filha (e irmã e cunhada e tia) solteirona aqui, tanto quanto eu vou sentir a falta de todos vocês. Feliz Natal!
Que já foi comemorado com todos os 10 irmãos do meu pai e seus respectivos filhos e maridos e esposas, na casa da minha avó paterna, depois reduzido a casa dos meus pais com a nossa família e a minha querida avó materna e um pouco mais tarde com a dolorida ausência dela mas com a alegre chegada dos meus dois amados afilhados na casa da minha irmã.
Hoje seria o dia do ano que fizesse chuva ou sol, eu estaria em Gramado a tarde cortando as coisas para o arroz a grega. A ceia seria exatamente aquela feita há anos repetidamente: o peru, o chester, a salada, a farofa, as frutas, os fios de ovos e é claro, o famoso arroz. Todo mundo tomaria champanhe, faria o amigo secreto, as filhas se uniriam pra pegar no pé da mãe, que automaticamente implicaria com o pai, enquanto o filho mais velho começaria a programar sua saída estratégica rumo ao Bill (isso se ele não tivesse aprontado na noite anterior e por isso estivesse de castigo) e o mais novo para a casa da namorada; no mesmo instante a italianada estaria num misto de conversa e briga praticamente insuportável, enquanto ao fundo as crianças continuariam brincando com seus mais novos presentes. Eu, como há anos vinha fazendo, iria da ceia diretamente para a minha cama, pronta para acordar no outro dia e comer uma super fatia de um dos 10 panetones ou chocotones exageradamente comprados pela minha mãe.
Naquele dia na rodoviária enquanto via a atrapalhação do pai e da mãe, acostumados a viajar de carro, chegando com a maior quantidade possível de sacolas, sacolinhas e sacolões, bolsas, jornais embaixo do braço, óculos esquecido no carro, box errado, passagem por comprar e é claro, em cima do horário, ria por dentro vendo como tudo aquilo é familiar e o quanto eu tenho deles correndo nesse sanguezinho aqui, ainda que viaje de uma forma bem diferente.
Ah... família é família. Com suas qualidades e defeitos, sempre vai ser a nossa família. É uma daquelas coisas que a vida escolheu por nós e está presente até mesmo quando está a quilômetros de distância. Amo vocês todos e espero que hoje a noite sintam falta do mau humor da eterna filha (e irmã e cunhada e tia) solteirona aqui, tanto quanto eu vou sentir a falta de todos vocês. Feliz Natal!