quinta-feira, 31 de março de 2011

Pode ser?

Na mais nova casa de sucos de Porto Alegre:

- Eu queria um desses combos da promoção.
- Ah não, o cartaz está ali mas a promoção ainda não existe, tu podes pedir um suco e um sanduíche.
- (!!!) Tá, pode ser. Eu quero um suco de flor de laranjeira e...
- Não, esse nós não temos, tem o Cantaloupe e...
- (...) Tá, pode ser. E eu quero esse sanduíche Gênova e...
- Nós estamos sem pão preto, pode ser pão branco?
- (...) Tá, pode ser.  É só isso.
- Deu R$ 11,90, se tiver R$ 1,90 eu agradeço.
- Só tenho R$ 1,65, pode ser?
- Não, eu arrumo troco.
- (???)

Eu não reclamei, nem resmunguei. Talvez por causa da pressa ou por causa da fome. Ou porque com ou sem fome decidi engolir alguns sapos. Mas saí de lá engasgada. Pode ser sim. Mas só quando esse pode ser for uma via de mão dupla.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Tsunami

Dos meus passatempos prediletos na minha cozinha: brincar de Deus. Abro a torneira, ocasiono um tsunami e acabo com a vida de centenas de formigas (nem tão) inocentes (assim). Já não posso me enquadrar na lista de pessoas definidas como "inpaz de matar nem mesmo uma formiga". Sou capaz sim!

quinta-feira, 24 de março de 2011

quarta-feira, 23 de março de 2011

El amor en los tiempos del cólera

“Siempre sin pretensiones de amar ni ser amada, aunque siempre con la esperanza de encontrar algo que fuera como el amor, pero sin los problemas del amor.”

(Gabriel García Márquez )

sexta-feira, 18 de março de 2011

O mundo está ao contrário e ninguém reparou

O mundo me assusta diariamente.Terremotos, tsunamis, atropelamentos e degelos me tiram o ar, me deixam tensa, me atormentam o sono.
Procuro buscar um pouco de oxigênio, paz e tranquilidade nas pequenas coisas do dia a dia. Um pé de carambolas descoberto na minha rua. O sorriso de um velho em sua janela por ganhar o meu boa tarde. A alegria de um calouro do vestibular ao ganhar uma moeda. Um bom show, uma boa música, uma boa gargalhada, uma boa companhia. Pequenas coisas que são tão grandes, que até me fazem esquecer dos terremotos, tsunamis, atropelamentos e degelos. Tanto os do mundo, quanto os que por vezes acontecem dentro de mim.

terça-feira, 1 de março de 2011