Há cerca de 4 semanas me apaixonei. Foi amor a primeira vista mesmo que a primeira vista eu mal tenha realmente enxergado alguma coisa. A gente sabe quando é amor.
E como em todo começo de relacionamento, tudo são flores. Mesmo com a necessidade de mudar os meus hábitos, mesmo com os hábitos indesejados do outro ser. Mas eu sei também que o começo só dura até que ele comece a terminar. Por mais que um se adapte ao outro, tolere o intolerável, a gente inevitavelmente cresce e literalmente aparece. O que era paixão vira amor. Maior, mas nem sempre melhor. O amor com o tempo pode amornar. De repente estaremos menos dependentes de proximidade, menos sedentos de carinho, menos apaixonados por aquilo que mesmo imperfeito parecia perfeito lá no tal do começo.
Enquanto este começo não termina, preciso acreditar que se o brilho nos olhos for mantido, se a felicidade ao encontrar for visível, se o estar perto for muito mais uma vontade do que uma obrigatoriedade, se o amor não substituir a paixão mas sim se unir a ela, é porque o tempo foi moldando algumas coisas, mas manteve o que mais importa no lugar.
Meu novo amor se chama Pulga, uma vira lata incrível que entrou na minha vida no melhor momento possível.
Mas eu gostaria de acreditar que as semelhanças com uma história de amor de verdade também possam existir e serem simples assim. Que mesmo com um eventual xixi no tapete ou um coco no meio da cozinha, a vontade de pegar no colo e apertar jamais seja substituída por um rápido carinho na cabeça; como se um beijo na boca pudesse ser substituído por um beijo na testa.
"If I fell in love with you,
Would you promise to be true
'Cause I've been in love before
And I found that love was more
Than just holdin' hands."