O Lucas fez um ano e meio em maio e conseguimos pela primeira vez tirar uns diazinhos de férias com ele. Fiz algumas constatações depois dessa semana.
Ranho e tosse não tiram férias.
A hora de acordar do bebê não muda com as férias. Quer dizer, às vezes muda, passa a ser ainda mais cedo.
Falo de igual para igual com crianças de 5 anos que se metam a besta com o Lucas. E com os pais delas se precisar. Cresci com limites mesmo reclamando deles, mas tenho certeza que eles foram úteis e me tornaram uma pessoa que sabe até onde pode ir. Crianças que acham que podem tudo com cinco, vão achar que podem tudo pra sempre.
Existem pessoas que não se comovem com um alemãozinho lindo abanando e falando “Au” (a versão dele de Tchau) incansavelmente. Não piscam, não abananam, não movem um canto de lábio. Tenho vontade de socar essas pessoas.
As mesas do restaurante são sempre um mar de tablets e celulares. Não vou me fazer de louca; a Galinha Pintadinha, a Pepa e os Backardigans me deixam fazer muitas coisas. Mas, putz, não na mesa! Mesa é lugar de comer, de conviver com os pais! Sigo firme acreditando nos “aplicativos” brócolis e pão de queijo!
O hotel conta com uma área de jantar exclusiva para adultos. Respeito a decisão do hotel e dos adultos. Ao me servir no buffet observei a área. Só vi silêncio. E mais celulares ainda do que nas mesas com crianças. A área com crianças tem muito mais vida. Uma vida bem mais bagunçada, é verdade, mas muito mais feliz.
Descobri que, pelo menos por enquanto, não tiraremos mais férias pra descansar exatamente, mas sim pra ficarmos mais tempo juntos. Estamos voltando felizes. Mas esgualepados e precisando de outras férias urgentemente!
(constatação final: ao chegar em casa e se deparar com todos os brinquedos que não via há uma semana, a criança tira energia não sei de onde pra brincar sem parar pra todo sempre e não dorme nunca mais!)