"Este é um blog feito por mulheres assumidamente livres. Mulheres que até muito pouco tempo brigavam consigo mesmas, com a balança, com o espelho, com o mundo. Mas que decidiram assumir uma atitude positiva diante da vida. Não são mulheres perfeitas. Longe disso. São mulheres comuns, como eu e você. Mas que não deixam de fazer tudo aquilo que sentem vontade. Elas pulam, gritam, dançam. Elas não se reprimem."
A pedido de uma amiga eu não me reprimi e postei lá.
Saindo do armário
Parece piada, mas já fiz regime de engorde. Seguia um rígido cardápio de muitas calorias pra tentar tirar aquela forma de tábua que me fazia parecer um gurizinho. E meu corpo não queria saber de mudar. Virei uma adolescente com pouco peito, nada de cintura, e nenhuma satisfação.
Não tive nem tempo de entender que aquele seria o meu corpo e que teria que me acostumar com isso, quando 12 quilos chegaram sem aviso prévio. Do dia pra noite, o gurizinho virou uma gordinha, que continuava odiando o que via no espelho. E de gordinha a mulher-ioiô, foi um pulo.Deve ter sido nessa época, que acumulei em uma pasta centenas de dietas. E destas centenas, fiz dezenas. E fazendo elas, emagreci. E engordei. Dezenas de vezes, por mais ou menos uma dezena de anos.Os anos passaram, o metabolismo mudou, ganhei uma gastrite. E uma úlcera. Tomei alguns pés na bunda, mudei hábitos, comecei a correr, parei de me pesar. E a soma disso tudo fez com que eu estacionasse finalmente o ponteiro da balança. Nesse mesmo momento, cansei. Cansei de ser eternamente insatisfeita e decidi gostar daquilo que via no espelho.Odeio ter peito pequeno, detesto ter nariz grande, conheço cada furo de celulite da minha bunda, definitivamente nunca vou ter a barriga dos meus sonhos, muito menos curvas de violão. Mas mesmo assim corro de biquíni na praia pra buscar a bolinha de frescobol, sem canga. E saio da cama com a luz do dia batendo em mim, sem roupa. E ando por aí com um sorriso no rosto, sem vergonha.Hoje sequer sei quanto peso e isso é um peso a menos pra mim.
Não tive nem tempo de entender que aquele seria o meu corpo e que teria que me acostumar com isso, quando 12 quilos chegaram sem aviso prévio. Do dia pra noite, o gurizinho virou uma gordinha, que continuava odiando o que via no espelho. E de gordinha a mulher-ioiô, foi um pulo.Deve ter sido nessa época, que acumulei em uma pasta centenas de dietas. E destas centenas, fiz dezenas. E fazendo elas, emagreci. E engordei. Dezenas de vezes, por mais ou menos uma dezena de anos.Os anos passaram, o metabolismo mudou, ganhei uma gastrite. E uma úlcera. Tomei alguns pés na bunda, mudei hábitos, comecei a correr, parei de me pesar. E a soma disso tudo fez com que eu estacionasse finalmente o ponteiro da balança. Nesse mesmo momento, cansei. Cansei de ser eternamente insatisfeita e decidi gostar daquilo que via no espelho.Odeio ter peito pequeno, detesto ter nariz grande, conheço cada furo de celulite da minha bunda, definitivamente nunca vou ter a barriga dos meus sonhos, muito menos curvas de violão. Mas mesmo assim corro de biquíni na praia pra buscar a bolinha de frescobol, sem canga. E saio da cama com a luz do dia batendo em mim, sem roupa. E ando por aí com um sorriso no rosto, sem vergonha.Hoje sequer sei quanto peso e isso é um peso a menos pra mim.
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