Quando fui assistir "Amor sem escalas" já sabia que o filme era bom, mas não sabia ainda por onde ele iria me pegar (fora a parte do personagem principal ser o Gerorge Clooney). Isso até o momento em que o personagem dele começou a dar uma palestra pedindo aos participantes que enchessem uma mochila com tudo o que eles tivessem, desde as mínimas coisas até as grandes. E depois de tudo isso tentassem andar. Entendi a mensagem do desapego e automaticamente me transportei para a palestra e fiz o mesmo. Me dei conta que até aí não tive muitos problemas. Em termos, é claro. Obviamente não consegui mudar de cidade trazendo uma mínima mala de mão. Foram várias malas, trazidas por inúmeras mãos além das minhas próprias. Mas apesar do peso da minha "mochila", eu consegui me mexer. Lembro perfeitamente de cada livro, roupa ou quadro que ficou pra trás, mas consigo viver sem eles. Talvez pelo simples fato de saber que eles seguem lá, mas consigo.
O problema começou quando em outra palestra ele falou das pessoas. Comecei a colocar cada uma das pessoas que importam na minha mochila. E ela ficou bem pesada. Mesmo assim eu ainda consegui me mexer. Só que deste "peso" eu sinto muita falta, porque diferente dos livros, das roupas e dos quadros, não me basta saber que as pessoas seguem lá. Eu quero ler elas, eu quero "usar" elas, eu quero ver elas, eu quero sentir elas, eu quero viver elas. E com elas. E de repente ficou fácil entender porque é tão difícil.
Acho incrível todas essas pessoas que mudam, que se livram do peso ou que nem mesmo tem peso. Pessoas que nunca se apegam, ou que se desapegam e que voltam a se apegar mas por outras coisas, por outras pessoas, por outros lugares, porque as vezes descobrem que estavam até então no lugar errado; pessoas que fazem de uma escala a sua escolha.
Mas definitivamente não vejo problema em decidir por ficar parado. Não acho um defeito ser apegado. É apenas uma escolha que só pode fazer quem já sentiu o peso da sua própria mochila nas costas.
O problema começou quando em outra palestra ele falou das pessoas. Comecei a colocar cada uma das pessoas que importam na minha mochila. E ela ficou bem pesada. Mesmo assim eu ainda consegui me mexer. Só que deste "peso" eu sinto muita falta, porque diferente dos livros, das roupas e dos quadros, não me basta saber que as pessoas seguem lá. Eu quero ler elas, eu quero "usar" elas, eu quero ver elas, eu quero sentir elas, eu quero viver elas. E com elas. E de repente ficou fácil entender porque é tão difícil.
Acho incrível todas essas pessoas que mudam, que se livram do peso ou que nem mesmo tem peso. Pessoas que nunca se apegam, ou que se desapegam e que voltam a se apegar mas por outras coisas, por outras pessoas, por outros lugares, porque as vezes descobrem que estavam até então no lugar errado; pessoas que fazem de uma escala a sua escolha.
Mas definitivamente não vejo problema em decidir por ficar parado. Não acho um defeito ser apegado. É apenas uma escolha que só pode fazer quem já sentiu o peso da sua própria mochila nas costas.
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