Quando despretensiosamente peguei o livro "A vida sexual da mulher feia" nos aramados da L&PM Pocket, imaginava apenas um pouco de diversão nos dias de trabalho que se seguiriam e não uma verdadeira sessão de auto-ajuda.
Desde as primeiras páginas, em meio a risadas e definições esdrúxulas sobre a personagem, surgiu uma nunca imaginada identificação. Não com a sua feiura ou gordura extremas, mas com as loucuras que aquela mulher de trinta e poucos anos seria capaz de se submeter em nome do amor (ou de alguma coisa parecida com isso).
Identifiquei a capacidade de fechar os olhos, de colocar a culpa nos próprios ombros, de ver sempre o problema em si, de se contentar com pouco, ou com nada e sofrer com sua própria (e infeliz) decisão. Uma capacidade que nos faz sentir tão pequenas, que não enxergamos quem ou o que realmente é pequeno na relação. De viver com uma enorme sensação de impotência, quando impotente na verdade é o outro. De seguir encantada com uma linda embalagem, mesmo consciente (?) de que o produto que está ali dentro é de quinta categoria. De ver uma relação, onde ela simplesmente não existe. De intensificar o insignificante. Uma incapacidade de ver as coisas como elas são. Tudo isso causado por um conjunto de carência, medo, solidão, cobranças, e só aqui entre nós, uma enorme falta de amor próprio e auto-estima.
O título do livro poderia ser também "A vida sentimental da mulher bonita", ou "A vida emocional da mulher normal", ou somente "A vida da mulher", sem precisar de adjetivos. E de todas as frases que pesquei em meio às histórias bizarras que a autora conta, fico com a que diz que "as mulheres não se apaixonam por uma pessoa, elas se apaixonam pelo amor."
Desde as primeiras páginas, em meio a risadas e definições esdrúxulas sobre a personagem, surgiu uma nunca imaginada identificação. Não com a sua feiura ou gordura extremas, mas com as loucuras que aquela mulher de trinta e poucos anos seria capaz de se submeter em nome do amor (ou de alguma coisa parecida com isso).
Identifiquei a capacidade de fechar os olhos, de colocar a culpa nos próprios ombros, de ver sempre o problema em si, de se contentar com pouco, ou com nada e sofrer com sua própria (e infeliz) decisão. Uma capacidade que nos faz sentir tão pequenas, que não enxergamos quem ou o que realmente é pequeno na relação. De viver com uma enorme sensação de impotência, quando impotente na verdade é o outro. De seguir encantada com uma linda embalagem, mesmo consciente (?) de que o produto que está ali dentro é de quinta categoria. De ver uma relação, onde ela simplesmente não existe. De intensificar o insignificante. Uma incapacidade de ver as coisas como elas são. Tudo isso causado por um conjunto de carência, medo, solidão, cobranças, e só aqui entre nós, uma enorme falta de amor próprio e auto-estima.
O título do livro poderia ser também "A vida sentimental da mulher bonita", ou "A vida emocional da mulher normal", ou somente "A vida da mulher", sem precisar de adjetivos. E de todas as frases que pesquei em meio às histórias bizarras que a autora conta, fico com a que diz que "as mulheres não se apaixonam por uma pessoa, elas se apaixonam pelo amor."
Nenhum comentário:
Postar um comentário