Hoje de manhã estava na estrada a caminho de Gramado pra passar o dia dos pais, quando uma caminhonete não parou a tempo e carimbou a traseira do meu carro bem antes do meu destino final. Assim que o susto passou, entrei em São Leopoldo e parei novamente o carro pra respirar um pouco e fazer uma ligação pra um dos únicos números que eu não preciso procurar na agenda do telefone. E não só porque é dia dos pais. Mas porque ele é a primeira pessoa pra quem eu ligaria em qualquer situação. O dono do número que eu anoto no cartão de embarque em caso de emergência. Ou na folhinha do hospital pra ser aquele a quem avisar que está tudo bem depois de um procedimento qualquer. Pra quem eu ligo em caso de doença, ou de dúvida (e há um tempo atrás também de dívida!). Porque ele é simplesmente meu pai, essa palavra que dispensa qualquer maior explicação. Hoje o abraço vai ser virtual no dono da voz que cuida e acalma diariamente tantas crianças. Imagina se não acalmaria, mesmo a distância, o choro de filha.
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