Sempre tive medo de ser assaltada. Não só pelo "conjunto da obra" mas especialmente por medo da minha reação, naturalmente faca na bota. Então hoje saindo do escritório, já escuro, abri a porta e dei de cara com um homem parado na grade aberta, com um saco e um pedaço de pau na mão. Congelada da cabeça aos pés, com o coração na ponta da língua e as pernas viradas em gelatina, ouvi ele me dizer apontando pro canteiro na minha frente:
- Quer que eu capino isso aí pra tu amanhã?
- Não meu amor, obrigada, isso não é meu!
Ele se afastou enquanto eu seguia na mesma posição mas agora pensando: meu amor? Não tenho mais medo de assalto. Descobri que o fator pânico me deixa paralisada. E muito carinhosa.
- Quer que eu capino isso aí pra tu amanhã?
- Não meu amor, obrigada, isso não é meu!
Ele se afastou enquanto eu seguia na mesma posição mas agora pensando: meu amor? Não tenho mais medo de assalto. Descobri que o fator pânico me deixa paralisada. E muito carinhosa.
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