Ganhei de aniversário uma daquelas sessões de massagem relaxante. Escolhi fazer ela no dia de hoje pra encerrar não só uma semana mas também um ciclo. Desliguei o telefone e tentei desligar também o cérebro enquanto ouvia músicas melancólicas instrumentais e aquela estranha massageava meu corpo. Foi bem mais fácil manter o celular desligado do que tudo que estava na minha cabeça. Aquele momento desencadeou um turbilhão de pensamentos e sentimentos e em minutos lágrimas escorriam sem esforço algum.
Nos últimos meses por duas vezes vi meu marido ficar doente, receber como diagnóstico doenças de nomes estranhos e ter que fazer exames com nomes assustadores. Por duas vezes pedi em silêncio pra que não fosse nada grave. Por duas vezes fiquei com medo de perder ele. Por duas vezes respiramos juntos aliviados depois.
Nos últimos meses por duas vezes engravidei. Por duas vezes comemoramos ainda que um pouco assustados com a novidade. Por duas vezes a gravidez interrompeu.
Nos últimos meses pensei o quanto deixamos a vida passar sem aproveitar de verdade, sem se entregar, deixando as coisas realmente importantes sempre pra depois. O quanto não nos damos conta que o tempo está voando e que estamos envelhecendo ainda que a gente siga se sentindo eternamente jovens.
Não quer casar não case. Mas se envolva, se permita, ame, se divirta, viaje, ria. A um, a dois, a três, a quantos quiser.
Não quer ter filhos não tenha, mas se quiser, não fique esperando a hora certa, ela não existe. Tente, investigue, congele, ache um parceiro, faça sozinha, faça o que precisar fazer enquanto há tempo. Só não fique esperando a banda passar. Nem sempre ela canta coisas de amor.
E entre risadas do Lucas, latidos das cuscas e móveis que não cabem nos espaços, a gente segue a vida de cabeça erguida porque ela é muito curta pra não ser assim.
Por isso tudo que esse ano vou ressignificar a Páscoa. Ela vai ser aquele momento de recomeçar e acreditar que daqui pra frente tudo vai ficar melhor.
Feliz ano novo!
Nos últimos meses por duas vezes vi meu marido ficar doente, receber como diagnóstico doenças de nomes estranhos e ter que fazer exames com nomes assustadores. Por duas vezes pedi em silêncio pra que não fosse nada grave. Por duas vezes fiquei com medo de perder ele. Por duas vezes respiramos juntos aliviados depois.
Nos últimos meses por duas vezes engravidei. Por duas vezes comemoramos ainda que um pouco assustados com a novidade. Por duas vezes a gravidez interrompeu.
Nos últimos meses pensei o quanto deixamos a vida passar sem aproveitar de verdade, sem se entregar, deixando as coisas realmente importantes sempre pra depois. O quanto não nos damos conta que o tempo está voando e que estamos envelhecendo ainda que a gente siga se sentindo eternamente jovens.
Não quer casar não case. Mas se envolva, se permita, ame, se divirta, viaje, ria. A um, a dois, a três, a quantos quiser.
Não quer ter filhos não tenha, mas se quiser, não fique esperando a hora certa, ela não existe. Tente, investigue, congele, ache um parceiro, faça sozinha, faça o que precisar fazer enquanto há tempo. Só não fique esperando a banda passar. Nem sempre ela canta coisas de amor.
E entre risadas do Lucas, latidos das cuscas e móveis que não cabem nos espaços, a gente segue a vida de cabeça erguida porque ela é muito curta pra não ser assim.
Por isso tudo que esse ano vou ressignificar a Páscoa. Ela vai ser aquele momento de recomeçar e acreditar que daqui pra frente tudo vai ficar melhor.
Feliz ano novo!
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