Pronta para virar a esquerda na Eudoro Berlink saindo da Freire Alemão, paro para dois senhores atravessarem a rua. Um deles, segue imóvel esperando os carros (que, exceto o meu, não existiam) passarem. O outro, vocifera mandando eu passar. Tentando seguir com a gentileza, faço um sinal com a mão para que ele atravesse, enquanto mentalmente penso "aproveita que ainda não tem um corninho atrás de mim buzinando e atravessa de uma vez, meu querido". Além de vociferar, ele passa também a gesticular freneticamente mandando eu andar logo. Dou de ombros e passo ao lado dele que segue me xingando. Olho pelo retrovisor, ambos atravessam.
O ser humano é um case.
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