Sempre fui meio travadona. Por mais que seja uma pessoa bastante espontânea, sou durona, não consigo me soltar facilmente por exemplo numa festa dançando, nem mesmo entre poucas pessoas, talvez até muito menos se for assim! Aos 42, pensei não ter mais idade pra mudar.
Corta pra ontem. Mudamos a vitrola de lugar e ela agora virou a atração do Lucas na sala. Ontem ensinei ele a ligar o rádio. Assim que começou a tocar a primeira música ele me olhou e disse:
- Vamos dançar, mamãe!
E saiu automaticamente dançando, do jeito dele, cheio da ginga, sem nem querer saber se estava no ritmo ou não. A música, apesar de não ser super dançante, era boa, então segui os passos dele e ficamos os dois dançando separados, de mãos dadas, abraçados, sob os olhares atentos do pai dele e da Melissa, como nunca consegui fazer, como se ninguém estivesse olhando.
Um filho opera milagres na gente.
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