Em quase toda minha vida profissional me dividi na hora de escolher entre a liberdade e a estabilidade. Cheguei a fazer um tempo de coaching pra descobrir minhas habilidades e facilitar minhas tomadas de decisões. Dizem os resultados que tenho perfil empreendedor. Nunca tive certeza absoluta disso, ainda assim a liberdade sempre falou mais alto, não à toa a POP studio vai completar 10 anos. É uma liberdade meio louca, convenhamos. Ela te permite na maior parte do tempo poder decidir horários e dias de tra
balho, quando tirar férias e até mesmo a quantidade de trabalho que será feito e qual será a remuneração! Mas ao mesmo tempo te cobra uma senhora disciplina pra cumprir isso organizadamente em todos os aspectos e fazer as coisas de uma maneira profissional, ainda mais quando TU é a tua empresa todinha. Considerando especialmente esse último caso, essa liberdade é ótima mas costuma dar poucas garantias.Aí entra a velha tentação da estabilidade. Aquela que tem um cartão ponto a bater mas também tem um pacotinho de benefícios tentador.
Nem só disso vivem as duas possibilidades, é claro. Tem toda a experiência que ambas podem proporcionar. E falo experiência enquanto vivência mesmo, enquanto experimentação!
Pois minha última experiência antes da POP foi no Projac. Depois de um período em Barcelona de onde voltei meio frustrada, surgiu a oportunidade de ir pro Rio e pra lá me fui de mala e cuia. Foi o único crachá que tive na vida. Um crachá um tanto diferente, que me permitia morar numa lagoa, tirar foto com o Russo, fazer projeto em uma favela com vista pro Cristo, visitar o Caminho das Índias e trabalhar de chinelo de dedos. A palavra experiência não poderia definir melhor! Mas mesmo com tudo isso (e uma praia logo ali), senti na pele a falta de liberdade, aquela que falei lá no começo.
Voltei pro sul e pra essa tal liberdade e aqui estou há quase 10 anos. Até quando? Não sei! Sempre estarei aberta a novas experiências.