Quando surgiram os stories do Instagram tudo que eu pensei foi: que saco, mais um mar de selfies. Mas com o tempo não só me acostumei como passei a ser uma assídua colaboradora. E na pandemia os stories passaram a ser os responsáveis pelas mais valiosas trocas.
Foi pelos stories que esses dias compartilhei meu pânico com a situação do meu cabelo que cai sem dó nem piedade e que está em frangalhos, bem como minha pele e minhas unhas. As trocas maravilhosas de sempre, muito mais que dicas, me renderam um "tamo junto" coletivo, o que em mim gerou um "ufa": não é apenas um não investimento da minha parte em produtos que custam um rim, mas um reflexo dessa coisa louca que estamos vivendo que não teria como não afetar nossa saúde.
Já hoje, também nos stories, compartilhei um vídeo de um perfil que amo que é da Celeste Barber, uma australiana maravilhosa que reproduz vídeos (muitas vezes bizarros, diga-se de passagem) de celebridades com seus corpos perfeitos mas de uma maneira cômica, especialmente por ela ter um corpo tão perfeito quanto, apenas fora dos padrões de beleza estabelecidos. Compartilhei e escrevi que às vezes tô me sentindo um bagulho mas quando vejo as postagens dela chego até a esquecer!
Então uma amiga compartilhou comigo um post, em resposta às minhas últimas publicações ou não, que falava sobre o quanto mães não se fotografam. Por estarem se sentindo feias, descabeladas, mal vestidas, entre tantas outras coisas que sim, provavelmente eu me sinta muitas vezes. Foi aí que me dei conta que aquelas duas últimas publicações dos meus stories não tinham relação nenhuma entre si por mais que parecessem ter. Uma fala de saúde, tema com o qual eu sempre vou estar preocupada. A outra fala sobre padrões de beleza, coisa que definitivamente não me tira o sono. Ainda que eu sempre esteja querendo ter 5 quilos a menos, isso nunca me impediu de estar nas fotos que publico, sem filtro nenhum inclusive. Cabelo caindo me preocupa, cabelo em um coque mal feito tá tudo bem. Eu me aceito, desde que tenha saúde e esteja feliz.
Termino essa divagação toda com a frase da Tati Bernardi que melhor traduz esse momento maluco todo e que é mais ou menos assim: eu sou bonita, só estou cansada!
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