terça-feira, 22 de julho de 2008

Cara A

Há exatos 4 anos um amigo do meu namorado presenteou ele com o CD de um uruguaio ainda pouco conhecido. Ouvi este CD pela primeira vez na estrada rumo a Praia do Rosa, quando ainda achava que aquele uruguaio cantava "Yo soy un moro fudido" e não "judio". Quase que imediatamente o DVD "Eco²" foi parar na prateleira lá de casa e o CD com mesmo nome não saiu mais do meu aparelho de som, com direito a muito repeat em "Todo se transforma". No ano seguinte ele veio a Porto Alegre e eu fui pela primeira vez hipnotizada por aquela voz suave que cantava "Hay tantas cosas yo solo preciso dos...". Os "efeitos especiais" davam um toque diferente ao show, mas, mais do que tudo, aquele cara que conversava com a platéia como se fôssemos velhos amigos é quem era especial. Dois anos se passaram, e veio a separação. A dele e a minha. E com ela, o CD "12 segundos de oscuridad", onde este cantautor seguiu traduzindo os meus sentimentos em cada letra de música e me fazendo concordar com ele que "La vida es mas compleja de lo que parece". Este CD e todo resto da discografia dele me fizeram companhia por mais de meio ano de melancolia.
E então 2008. Passada esta fase tão melancólica, a dele e a minha, surge o lançamento do CD duplo "Cara B" no Festival de Inverno. E sim, repito o que disse aqui há dias atrás: ele valia a fila, o horário e se tivesse chuva, valeria o banho de chuva também. Era mesmo um bilhete premiado.

E talvez por causa desta história aqui resumida, ontem no momento que ele pisou no palco eu comecei a sorrir e quando ele cantou o primeiro verso eu comecei a chorar e assim permaneci durante as mais de duas horas de show, arrepiada até a alma. Aplausos Jorge, de pé.

Nenhum comentário: