segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Ao meio

Meio fora de contexto, meio fora de órbita, meio fora da casinha.
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Neste fim de semana terminei a arrumação das coisas da viagem que tinha feito só pela metade. Tinham ficado jogados na mesa envelopes e sacolas de souvenirs, mapas, cartões de lojas, postais, presentes, papel de chocolate, guardanapos de cafés, tudo aquilo que eu insisto em guardar ou comprar. O turbilhão de informações que uma viagem gera voltou a cabeça. As histórias por trás de cada pedaço de papel guardado, de cada coisa comprada, de cada lugar visitado. Mas não adianta. Já sentei aqui na frente da tela pra contar tudo aquilo que eu achava que valeria a pena ser dividido e não sai nada. O post também sempre fica pela metade.
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Presentes que eu não entreguei, lojas que eu não voltei, lugares que eu não visitei, pessoas que eu não encontrei. Na verdade é simples, não é só uma sensação, as coisas realmente acabaram ficando pela metade. Mas não pensem que eu menosprezo ou ignoro a metade das coisas realizadas, de jeito nenhum; eu apenas tô tentando resolver aqui dentro a metade que faltou. Ironicamente, essa foi uma das primeiras frases que falei pra alguém quando cheguei em Porto Alegre: não quero mais nada pela metade, quero inteiro. E eu nem estava falando de uma viagem.
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Meio aqui. Meio lá. Meio que em nenhum lugar.

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