domingo, 30 de agosto de 2015

Sobre trintas de agosto

Há seis anos eu estava em Barcelona.
Há cinco eu estava doente.
Há quatro eu estava em Los Angeles.
Há três eu escolhia um cachorro para adotar.
Há dois eu estava de mudança.
Há um eu estava em Campo Grande.
E hoje? Bom, hoje é domingo.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Kelen rima com?

A pergunta "A senhora tem cadastro na loja?" me causa arrepios.
Observo atentamente as lacunas no computador sendo preenchidas.

KEL...
- Um ele?
- Isso.
KELEN
- (ufa!)
- De que?
- Tomazelli
TOMAS ELEN
- Assim?
- Não, To-ma-zel-li, tudo junto.
-Ah!
TOMASELEN
- Isso?
- Não, TomazeLLI, com Z e dois ELES.
TOMAZELLEN
- Pega aqui minha identidade.

domingo, 23 de agosto de 2015

O pequeno príncipe

Sentados no cinema esperando o filme começar.
- Não quero fazer drama, mas eu li O pequeno Príncipe e odiei. Aquela tal Rosa era uma mala. Depois eu vi o filme e odiei mais ainda. Era um dramalhão com a tal da Rosa.
- Será que mudaram a história na animação?
- Tomara que sim. E que tenha raios e monstros.
Serão duas longas horas para alguém...

Sobremesa

- Meu amor, agora que eu não tenho mais carro a gente precisa deixar um creminho para as mãos no teu.
- Pode ser, só tenta escolher um que não tenha cheiro de sobremesa.
(os "sabores" limão siciliano, lavanda, castanha e amêndoas já foram decretados como "tudo igual" e desaprovados)

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Xuvisko

- Oi, tem WiFi?
- Não.
Xuvisko, desde 1970 servindo pizza e promovendo o diálogo entre as pessoas.

O preço de um sorriso

Fui abastecer no Figueroa dia desses. Prontamente um sorridente senegalês de nome Mama-alguma-coisa-que-não-lembro-exatamente-o-que-era veio me atender. Tenho uma simpatia instantânea por eles, talvez exatamente por estarem sempre sorridentes e prontos para atender. Ele foi me perguntando coisas naquele português enrolado, as quais eu só fui sorridente e distraidamente dizente "sim, ahã, pode ser". O meu sorriso só acabou quando percebi que um dos meus ahãs tinha sido pra gasolina aditivada e que o valor a pagar acabou sendo tão "grande" quanto o sorriso do senegalês!

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Sobe?

Tenho fé que um dia ainda inventarão o mecanismo de desapertar o botão errado do elevador.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Eu vou cuidar do seu Jardim

Na parada de ônibus passa o Jardim Ipê, passa o Jardim Itu, passa o Jardim Sabará, para o Vila Jardim e a senhorinha carrancuda do meu lado não aguenta:
- Essa quantidade toda de Jardim. Chega lá não tem jardim nenhum!
E um jardinzão ali, bem na frente dela.


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Roupa suja, cada um lava a sua

Se fala em lavanderia e as pessoas já começam a lavar a roupa suja.
Depois reclamam dos algoritmos do Google.

A pequena lavanderia do bairro

Estava eu em uma pequena lavanderia do bairro aguardando o rapaz encontrar meu pedido quando chegou uma senhora e jogou o pedido dela na mesa falando:

- Oi, tu podes alcançar o meu, por favor?

Dei uma olhada pro lado pra entender quem seria a importante que não poderia esperar o fim do meu atendimento e depois dei uma olhada pra mim, pra ver se não tinha ficado invisível sem me dar conta. Eram alguns centímetros a menos que ela do alto dos seu salto alto - mais ainda se comparada a mim com meu All Star. Mas eu seguia ali, bem visível. Pra minha sorte (e a dela), o rapaz educadamente mandou ela aguardar um minutinho e seguiu me atendendo. Enquanto ele colocava o meu terno dentro de um saco, ela gritou:

- Acho que é 16 reais o meu, né?

Dei uma nova olhada agora com um quê de "minha senhora, ele está pegando o terno pra mim ali atrás, seu papelzinho está aqui na minha frente, ele não sabe o valor e nem vai saber até que termine de me atender". Ela sorriu pra mim que sorri de volta. O rapaz voltou e alcancei meu cartão:

- No débito, por favor.
- Tu podia só me cobrar e...

Na minha mais doce voz, sorri e falei:

- Querida! Eu também estou com pressa e ele está sozinho atendendo, assim que ele terminar de me atender ele te atende, pode ser?
Enquanto digitava minha senha, o rapaz pegou o pedido dela e foi em busca da roupa ou o que quer que fosse. Eu mesma cancelei a minha via, retirei o meu cartão, peguei as minhas coisas e ainda com um sorriso no rosto olhei pra ela e falei: mal educada! Não ganhei sorriso, nem resposta. E ela que agradeça eu não ter discursado sobre como pessoas como ela que fazem as coisas serem do jeito que são! Só não torci para que a roupa estivesse manchada, rasgada, quiçá perdida, porque gosto muito da pequena lavanderia do bairro.

sábado, 15 de agosto de 2015

Lava roupa todo dia, que agonia

Minha casa em Gramado tem uma peculiaridade: ela possui duas lavanderias. E quatro tanques. Não, minha mãe não lava roupa para fora, mas deveria. Duvido que alguém no mundo lave roupas tão bem quanto ela (e suas discípulas), nem mesmo outras mães, acreditem. As toalhas são as mais macias, os lençóis os mais suaves, os encardidos não existem, as manchas não tem vez.
Infelizmente troquei as lavanderias dela  pela minha máquina lava e seca desde o tempo em que deixei de ir a Gramado todos os finais de semana. E minhas roupas lamentam até hoje esta troca.
Mas a fama da minha mãe não deixou de ser divulgada entre as minhas amigas. Dia desses, recebi um whats app de uma delas:

- Kelen, preciso tirar uma mancha de sangue, pede pra tua mãe o que fazer?

Whats app pra Dona Luiza que faz uma série de perguntas:

- O sangue está seco? Ou é recente? Qual a cor da roupa? E que tecido?

Repasso as perguntas, replico as respostas e aguardo pacienciosamente, certa de uma receita infalível, cheia de etapas e processos minuciosos e milagrosos. E eis que  leio na minha tela, rápida e rasteira:

- Vanish.

Não pude acreditar naquilo. Nem a minha amiga. Como assim tão somente e apenas Vanish? Confesso, foi uma das maiores decepções da minha vida.
Mas garanto pra vocês: eu não devo nem mesmo saber usar um simples Vanish como ela.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Meu passado me condena

Quando eu tinha meus vinte e bem poucos anos e estava na faculdade, ainda não conhecia a frase "O que acontece em LA fica em LA". Se conhecesse, teria criado a homônima "O que acontece em um Elea fica no Elea"*.

Anos se passaram após todas aquelas coisas que fazemos durante a faculdade das quais não somos, digamos assim, exatamente orgulhosas, mas que fazem parte da vida e das caixas pretas que ficaram pelo caminho.
As pessoas tomam todas, se divertem fazendo berequetê, se formam, viram profissionais, abrem suas empresas e os caminhos voltam a se cruzar. Um belo dia conheci uma empresa que executava obras. Muitos encontros em obras, emails e telefonemas depois, jamais fiz qualquer associação de quem era a pessoa que me atendia. Os anos passam, os cabelos ficam brancos, a cara de guri ou guria amadurece. Até o contato virar amigo no Facebook. E tu te deparar com uma foto dele no pior (ou seria melhor, nunca saberei) Elea da tua vida em Salvador. Fiquei vermelha sozinha em casa na frente do computador! Ainda que ele fosse apenas mais um dos participantes das loucuras daquela viagem, curti uma ressaca moral de cantinho. E olha que nem participei de berequetê nesse encontro! O tempo passa, volto a fazer contato com ele pra uma nova obra e comento (até pra ele não me achar a louca que se apresentou na primeira reunião):

- Quando a gente se conheceu naquela obra eu não sabia que tu era tu e que a gente se conhecia da faculdade!
- Ah! Sem problemas. Mas eu sabia quem tu era!

Abre um buraco no chão, quero ficar lá dentro pra sempre.

*Encontros Latinoamericanos de Estudantes de Arquitetura. Válido também para Ereas (regionais) e Eneas (nacionais)!

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Megafone

Aniversário de uma amiga na mais nova "Carniceria" da cidade onde tu faz o pedido no caixa e por um megafone te chamam pelo nome anunciando que tá pronto.
Junta todo mundo pra foto, tira uma, tira outra, sorri mais um pouco e quando já ia desmanchar o grupo berram bem alto no megafone:
- Kely. Kely.
Gargalhada geral, gritam do meio do grupo:
- Vai pegar teu hamburguer, Kely!
O pedido nem era o meu, mas com certeza essa vai ser a melhor foto da noite!

Post colaborativo

Provas de que sim, já é verão:

Minha cera de cabelo derreteu.
Minha gripe-resfriado acabou.
Meu alecrim secou.
O mel desaçucarou.
Uma formiga apareceu.
Um mosquito me picou.
O suvaco suou.
O desodorante venceu.
O bigodinho aflorou.
Suor da testa escorreu.
A cerveja gelou.
A dieta acabou.
A saia encurtou.
O Parcão lotou.
O rosto bronzeou.
Meu tornozelo inchou.
Minha pressão baixou.
Bem cedo o sabiá cantou.
A azaléia floriu.
O ipê roxo desabrochou.
O jacarandá imitou.
O jasmineiro se perfumou.
A conta da luz aumentou.
O ar condicionado pifou.

Ih... uma frente fria chegou!

Kilômetro

"Senhora Kelen, seu código localizador é: Z de Zulu, I de Índia, I de Índia de novo, número 5, K de quilômetro..."
Pera lá que me atrapalhei!

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Agosto rima com...

No meio do ano a crise chegou por aqui. Não que antes ela fosse invisível, mas nesse momento chegou chegando e de uma forma bem mais assustadora. De uma hora pra outra me vi com muito mais horas vagas do que gostaria e precisaria ter. Meu jeito de enfrentar isso? Foi me reinventando e claro, tinha que ser uma reinvenção de baixo custo! Fiz cursos pra aprender coisas novas, me inscrevi no mestrado pensando no futuro, me candidatei a voluntária pra trabalhar em algo com propósito, voltei a escrever no meu blog pra desopilar, reativei contatos (sem passar por cima de ninguém) pra não ser esquecida, conheci pessoas que só agregaram. E olha, nunca nessa vida acreditei tanto na energia que a gente gera mantendo a nossa energia viva! Nem tudo deu certo, é verdade, mas ainda bem: faltariam horas pra tanta coisa! Grande agosto, mês bom pra colocar um baita sorriso no rosto!

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Remote Year

Há alguns meses me inscrevi para um programa chamado "Remote Year". A proposta era trabalhar remotamente com um grupo de 100 pessoas de todas as nacionalidades viajando pelo mundo. A viagem começaria em Praga, seguida de Ljubljana, Dubrovnik, Istambul, Penang, Ko Tao, Hanoi, Kyoto, Buenos Aires, Mendoza, Santiago e terminava em Lima.
Meio que ignorei o fato de que eu tinha um namorado e duas cachorras. Ou talvez não tenha ignorado totalmente, já que pensei que seria opcional o número de meses que eu poderia participar - apesar do nome falar em year e não em months, e que em quatro meses, temporada que o grupo passaria na Europa, eu não perderia meu namorado - nem mesmo se ele tivesse que ficar sozinho cuidando das minhas duas cachorras. Acredito que essa inscrição venha de uma vontade maior que a minha conta bancária de conhecer o mundo e também um efeito retardado chamado "Barcelona Frustración".
O tempo passou, quase esqueci daquilo e de repente chegou um e-mail. Respondi algumas perguntas e fui para a próxima fase. Um tempinho mais e pagando uma pequena taxa, passei mais uma. Decorei instantaneamente a ordem das cidades. E eis que um californiano chamado Brandon quis marcar uma entrevista via Skype comigo. Pânico. Não sei se mais pela remota possibilidade de ir ou pelo simples fato de ter que falar em inglês com alguém.
Pois chegou o dia do Skype com o Brandon, cara que defini como super gente boa pelo simples fato de dizer que meu inglês estava ótimo e isso ser uma baita mentira. Na sequência ele me disse que queriam apenas pessoas incríveis nesta viagem e que eu era uma delas. Gente boa, não tem como negar! Ou pelo menos com um ótimo xa-lá-lá. Expliquei no meu inglês macarrônico que havia entendido que poderia ser um ano de quatro meses. Expliquei do namorado (que a estas alturas já era quase marido). Expliquei das cachorras. Fizemos um trato: eu tentaria convencer o marido a ir comigo por um ano, enquanto ele tentaria convencer o restante da organização que eu poderia ficar menos que isso. Ainda me restava a missão de convencer a Pulga, a Panqueca e a Dona Luiza, de que uma temporada em Gramado seria ótima para as três!
Uma semana depois, novo Skype, muita empolgação dos dois lados e... nada feito. Nem namorado, nem organização aceitaram as nossas propostas. E se as cuscas e a Dona Luiza tivessem entrado na votação, teria mais três nãos na minha frente. Assunto encerrado, nem uma remota possibilidade de viver remotamente.
Talvez a aceitação tenha sido fácil pois não era pra viver um dolce far niente. Teria tudo ao meu dispor, passagens, estadias, casa, comida e roupa lavada além de um lindo coworking em cada cidade, mas mediante um pagamento mensal que a distância, sinceramente, não sei de onde tiraria.
Sendo assim, segui minha vida tranquilamente.
Pelo menos até ontem, quando eles postaram as primeiras fotos na Croácia. Pena de mim quando chegarem na Tailândia.

Remédio pra tudo

Mocinha nascida na década de 90 me atende na Panvel:
- Oi, onde tem Minâncora?
- Oi?
Essa não teve infância. Nem espinha na adolescência.

Veranico de agosto

Entrar no clima do verão é... começar jantando uma saladinha e na sequência abrir uma cerveja bem gelada.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Ciclos

Um cabeleireiro me disse que o nosso cabelo tem ciclos, e que a cada sete anos ele muda. Pois tenho certeza que, respeitando os ciclos da natureza e do humor feminino, ele vai ser crespo quando a gente queria ele liso e liso quando tudo que a gente mais queria era um cabelo bem crespo.

Descomplica

Almoço no Ocidente e eu, acostumada a querer mudar alguma coisa no PF do dia, pergunto:
- Oi, o que tem de almoço?
- Olha, não sei se tu já veio aqui mas tu não tem muita opção...
- Me traz meio da minha única opção, por favor.
A arte de simplificar em uma lição.

domingo, 9 de agosto de 2015

Salário garantido, jogue o que jogar

Fiquei aqui pensando o que eu faria se fosse um dos jogadores que faz a folha de pagamento do Inter chegar a cerca de dez milhões. Acho que já sei: jogaria muito futebol! Ou ao menos me esforçaria pra isso. Pena que, por razões óbvias, isso nunca vai acontecer e eu não vou poder provar o quanto me esforçaria.
Então proponho à diretoria do Inter que pegue essa quantia "irrisória" gasta por mês e de posse dela neste segundo semestre pague aos seus jogadores apenas o proporcional ao efetivamente trabalhado. Vai ser fácil medir, querem ajuda? Basta usar, por exemplo, o aproveitamento no Campeonato Brasileiro como base. Vai lá, pega 41% - o que vai estar longe de ser justo, e os outros 59% dividam entre os sócios do clube, que tal? Aqueles que são colorados desde criancinha. Aqueles que são colorados até morrer. Aqueles que pagam pra ver um time jogar (eu disse um time). Aqueles que realmente levaram 5x0 ontem. Os outros? Os outros só passam pelo Inter. Tirar o peso dessa camiseta e desses 5x0 vai ser uma barbada pra eles.
.:.
A propósito. Tô escutando aqui de casa a gargalhada do Aguirre.

Fórmula

Irmãos reunidos, uma amiga comenta:
- Eu não aguento vocês quatro, são tudo igual, o que o Tio Nelsinho fez, usou a mesma fórmula pra tudo?
- Olha, a minha fórmula deve ter sido a única do tipo "rapidinha", não deu tempo de fazer os olhos verdes!

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Vazio

Tem dias tenho vontade de enforcar as minhas duas cuscas. Se não enforcar, pelo menos dar um Lexotan pra cada uma. Até que chega um fim de semana de viagem e mando as pestes pro seu retiro já na quinta-feira. E de repente eu acordo e ninguém sacode as orelhas freneticamente pedindo pra passear; eu sento pro café e ninguém pede um pedaço; o porteiro eletrônico toca e ninguém late; eu saio de casa e ninguém rosna me pedindo pra ficar; eu entro em casa e ninguém pula em mim; . Vou precisar de um Lexotan pra aguentar os próximos quatro dias.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Nem Jesus salva

Troca de mensagens no whats app da família (integralmente) colorada. Meu cunhado anuncia:
(cunhado) - Diego Aguirre acaba de ser demitido!
(eu) - Antes do Grenal??
(cunhado) - Sim, agora, já tá no site do inter.
(irmão) - Antes do Grenal... os cara foram galo hein?
(eu) - Quem vai ser o técnico no Grenal? D'Alessandro?
(cunhado) - Mano Menezes... deve estar a caminho.
(eu) - Jesus...
(cunhado) - Tentaram Jesus! Mas ele disse que já não faz mais milagres!

Uma ponta de esperança

Perdi meu celular no Safe Park do Instituto Ling ontem a noite. A chave ficou com o manobrista, o Sr. Carlos Alberto, e queria muito acreditar que o celular estava guardado, independente de ter sido achado no carro ou no chão. Depois de verificar pelo localizador do Google que realmente estava no Ling, voltei lá hoje de manhã.
.:.
Sabe aquela história de pessoas bonitas por dentro e por fora? De que nada vale se a pessoa tiver uma aparência linda se por dentro isso não corresponder? Acho que deve valer também para lugares. O Instituto Ling é das obras arquitetônicas atuais mais bonitas de Porto Alegre. E a equipe que trabalha dentro dele faz jus a essa beleza. Do rapaz do estacionamento, passando pelo responsável pela organização, as moças da limpeza, os seguranças até chegar na moça da recepção, só fui atendida por gente educada e bem disposta. E isso num horário que somente o estacionamento estava funcionando. Pois bem. Meu celular foi encontrado, não sei se por algum visitante ou por algum funcionário. O importante é que foi entregue na recepção. Talvez essa fosse a situação obviamente esperada, mas sabemos que não é a situação normalmente encontrada. Então, quando tenho quase certeza que perdi a fé na humanidade, acontece uma coisa dessas e tenho uma nova ponta de esperança.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Me salvem de mim

Peço carro emprestado pro marido. Ele empresta. Já atrasada, pego a chave do carro na porta de casa mas volto pra passar um batom. Na porta de casa de novo grito:
- Eu não acredito que o Guilherme não me deixou o carro! Eu vou matar o Guilherme. Por que ele não me avisou que não ia deixar o carro? Sério. Eu mato ele.
Bato a porta de casa deixando a faxineira pra trás apavorada. Chamo o elevador e pra minha surpresa a chave do carro "surge" na minha mão. Certo estava o Millôr. Porque sim, eu sofro de mimfobia, eu tenho medo de mim mesma e me enfrento todo dia!

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Metas

Falávamos sobre dieta:

- Meu amor, estipulei metas no peso. Meta um 59, meta dois 56 e meta três 53!
- Não. Tu não podes colocar uma meta. Deixa em aberto e quando tu atingir a meta aí tu dobra a meta!

Guilherme e Dilma me ajudando a emagrecer.

domingo, 2 de agosto de 2015

De volta a ativa

Corri dez minutos hoje. Me senti uma atleta. De 87 anos, mas uma atleta.