Nunca gostei de perder, inclusive sou péssima perdedora. Em cada competição que participava no colégio (e que fique registrado que me inscrevia em todas as modalidades disponíveis) onde ficava com o segundo ou terceiro lugar (e que aqui fique registrado que tirava no máximo essa colocação em todas as modalidades disponíveis) ia cabisbaixa, me arrastando até a frente da sala de aula ou do ginásio buscar minha medalha.
Jogos à parte, no dia a dia sou igual. Detesto perder qualquer coisa. Um projeto, uma concorrência, uma aposta, uma pessoa. Mesmo que seja temporariamente. Há semanas eu lutava contra a ira que brotava em mim cada vez que lembrava que meu namorado passaria 20 dias longe na Patagônia, justo nas minhas férias. Egoísmo puro da minha parte, que não poderia de qualquer jeito ir junto com ele e que nem sabia que teria férias. Mas essa justificativa que acabei de dar não diminuiu em nada a minha ira.
Nos dois últimos dias, eu e a Patagônia disputamos a grande final.
A noite, nada fazia ele largar os preparativos. Peguei no sono enquanto ele ainda conferia se tudo estava mesmo na mochila, arrumada dois dias antes. 1x0 Patagônia.
De manhã, quando pensei que tudo estaria pronto e eu teria uns 15 minutos de atenção, os preparativos continuavam a mil e quando eles terminaram, quem teve atenção foi o porteiro eletrônico que anunciava a chegada do táxi. 2x0 Patagônia.
Voltei pra cama cabisbaixa, me arrastando, atrás da minha medalhinha de prata: meu travesseiro. Antes de deitar, dei uma última espiada pela janela. E lá estava ele, esperando na porta do táxi, olhando pra cima, se despedindo de mim.
Perdi de 2x1, mas ganhei meu prêmio de consolação.
Jogos à parte, no dia a dia sou igual. Detesto perder qualquer coisa. Um projeto, uma concorrência, uma aposta, uma pessoa. Mesmo que seja temporariamente. Há semanas eu lutava contra a ira que brotava em mim cada vez que lembrava que meu namorado passaria 20 dias longe na Patagônia, justo nas minhas férias. Egoísmo puro da minha parte, que não poderia de qualquer jeito ir junto com ele e que nem sabia que teria férias. Mas essa justificativa que acabei de dar não diminuiu em nada a minha ira.
Nos dois últimos dias, eu e a Patagônia disputamos a grande final.
A noite, nada fazia ele largar os preparativos. Peguei no sono enquanto ele ainda conferia se tudo estava mesmo na mochila, arrumada dois dias antes. 1x0 Patagônia.
De manhã, quando pensei que tudo estaria pronto e eu teria uns 15 minutos de atenção, os preparativos continuavam a mil e quando eles terminaram, quem teve atenção foi o porteiro eletrônico que anunciava a chegada do táxi. 2x0 Patagônia.
Voltei pra cama cabisbaixa, me arrastando, atrás da minha medalhinha de prata: meu travesseiro. Antes de deitar, dei uma última espiada pela janela. E lá estava ele, esperando na porta do táxi, olhando pra cima, se despedindo de mim.
Perdi de 2x1, mas ganhei meu prêmio de consolação.
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