sábado, 30 de junho de 2007

Fragmentos do caos

Além das moças de talleur furando fila e dos senhores de terno e gravata quase esbofeteando quem passasse na sua frente, outras coisas acabam nos "divertindo" no meio de tanta espera.

1. ele se desestressou dando 68 voltas ao redor de si mesmo. Depois deu uma encostadinha no pilar pra não cair.
2. depois do office e do home office, agora também a versão airport floor office;
3. tá achando ruim? imagina ela com três crias!
4. sim, eu sentei ali. melhores 10 minutos dos últimos dias." chegue mais cedo e faça sua massagem" podia ser trocado por "confirme que seu voo esta atrasado ou cancelado e relaxe fazendo sua massagem";
5. nada como um livrinho de viagem. super prático de carregar;
6. sexta ida a Curitiba sem descer do avião;
7. papai noel de férias encarando o caos aéreo;
8. "São Genaro, estou comendo este gnocchi (às 4 da tarde) pra que nunca me falte comida na mesa e dinheiro no bolso. E se der, acrescenta um pouco de paciência na lista".

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Caos Aéreo? (parte dois)

E não é que novamente não tomei conhecimento? Já o caos metereológico...
Salgado Filho, sete horas de ontem. Check in OK, sala de embarque. Vôo atrasado. Embarque previsto às oito e vinte. Embarque alterado para às oito e quarenta. Embarque não realizado às oito e quarenta. Aeroporto fechado. Sem previsão. Ninguém pousa. Só decola quem tem avião no chão. Tenta cancelar passagem. Fila na Loja da Tam. "Não é aqui senhora, é no check in". Fila. Passagem cancelada. Amanhã tem mais. Gol, BRA ou Ocean Air? Uni-duni-tê, Gol, a escolhida foi você. Casa, janta, dorme, acorda. Cinco e cinquenta, chegada no aeroporto que segue fechado. Por causa do "vento de cauda". Vôo da Gol cancelado por falta de aeronave. Ocean Air, aí vamos nós. "Desculpa, não temos mais lugar". BRA, nova tentativa. "Temos lugar senhora, mas a senhora tem cinco minutos pra comprar sua passagem". "Volto em cinco minutos, tenho que ver o cancelamento na Gol". Fila na Gol, desiste de cancelar, volta na BRA. "Desculpa senhora, embarque encerrado". Nos alto-falantes soa o anúncio: "Atenção passageiros do vôo BRA com destino ao Rio de Janeiro com escala em Florianópolis, última chamada". Encerrado é? Sua filha da mãe! Fila da Gol, reposicionamento de vôos. Duas horas, muito stress e muita gente furando fila depois. "Temos um vôo Varig que sai as 12:30 senhora". "Não obrigada, vou tentar em outra companhia. Cancela pra mim?". "Desculpa senhora, nós não cancelamos no chek in, a senhora deve ir até a loja da Gol". Meia hora e muitos palavrões depois, passagem na mão, Rio de Janeiro, dez e meia, via Web Jet se o Aeroporto não voltar a fechar.

A propósito. Kelen fechada por motivo de mau tempo.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Gente estúpida

Ontem à noite no supermercado, fiz minhas compras e me dirigi pra fila do caixa. Dei uma olhada no carrinho, confirmei que tinha menos de 10 itens e fui direto no caixa expresso. Depois de uns segundos ali parada, me dei conta que o rapaz na minha frente tinha cerca de 68 itens no carrinho. Ia abrir a boca pra falar gentilmente “moço, essa fila é pro caixa expresso” quando imaginei uma cena estúpida: na verdade ele poderia ser um perito metido a macho, virar pra trás, me dar um soco na cara, eu cair espatifada no chão, bater a cabeça e morrer. Fiquei quieta. Um pouco antes de chegar a vez dele, a moça do caixa avisou que o caixa era expresso, no que ele educadamente se desculpou e se dirigiu a outro sem reclamar. De qualquer forma, melhor prevenir; nunca se sabe com que tipo de gente se está lidando. Coisas assim estúpidas, me fazem perceber que a minha vida vale mais do que uns minutos a menos na fila. Bem mais.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Morar junto é...


Acordar juntos...
Jantar juntos...
Dormir juntos...
Ver TV juntos...

- E FICA QUIETA QUE EU QUERO VER O JOGO.
- QUER SABER? EU VOU EMBORA DAQUI!
(embora pra onde mesmo, minha filha???)

Morar junto também é ter que fazer as pazes bem mais rápido do que se gostaria.

domingo, 24 de junho de 2007

Versão Chispita

Tinha uma época que a gente ia a festas a fantasia fantasiada de pirata, de cowboy, de colegial e tudo isso era muito divertido.
Foi-se o tempo. Hoje em dia pra pirata ter graça, só se a fantasia for de Jack Sparrow. Cowboy se estiver encarnando o Woody. E colegial, bom, nem essa se escapa de explicação.

- De que tu tá fantasiada?
- (???) Colegial?
- Mas é quem, a Chispita?
- Na verdade a saia tava sendo vendida na onda dos Rebeldes.
- Ah, mas aí tua gravata tinha que estar mais solta.
- Ah sim, e o cabelo mais fashion, e a camisa mais aberta, e os peitões salientes e a barriguinha de fora. Aí vi que não ia conseguir chegar aos pés das Rebeldes e vim de colegial mesmo.

Tava tão mais legal em casa com meu namorado achando que eu tava a coisa mais bonitinha!

terça-feira, 19 de junho de 2007

Tô dentro!

7:50 – toca o telefone. Levanto a contragosto, já estava decidido que hoje eu ia chegar atrasada e eu estava bem humorada com essa decisão.

- Alô. (imaginem a pior entonação que eu possa ser capaz de fazer)
- Por favor, a senhora Evelise?
- Não é este número.
(bato o telefone na base)


7:51 – toca o telefone, levanto do vaso, quase tropeço na calça do pijama, atendo o telefone e grito:

- ALÔ!!
(silêncio do outro lado da linha, arremesso o telefone na base)

7:52 – toca o telefone, falo todos os palavrões que conheço no trajeto do quarto ao escritório, prometo atender, mandar a putaquiospariu e arrancar o fio da tomada. No fim respiro fundo, conto até dez e gentilmente atendo:

- Alou.
- Por gentileza, a Senhora Kelen?
- Sou eu mesma (meio que por entre os dentes imaginando se tratar de cobrança).
- Senhora, a senhora participou da promoção
“Ser diferente é legal” do Mc Donald’s e a sua frase foi uma das vencedoras.
- (os dentes rangendo se transformam numa coisa que se parece com um sorriso) Ah é???
- Exatamente senhora. Dentro de dez dias a senhora vai estar recebendo dois ingressos para o filme Shrek Terceiro, para serem usados em qualquer cinema nacional. Alguma dúvida senhora?
- Não, muito obrigada senhora!!!


Sempre disse que meu humor mudava em questão de segundos.

Caos aéreo?

Não tomei conhecimento disso (a não ser que daqui há uns meses descubram que meu avião "quase" colidiu com outro). Os meus quatro vôos saíram e chegaram sem atraso nenhum. Então, aqui vai o meu elogio as duas companhias que me atenderam: Varig e Web Jet. Além do atraso zero, serviço de bordo nota dez.

POA/SP – sanduíches de presunto e queijo, salada de frutas e suco de laranja
SP/RIO – esfiha de carne, pastel de forno de frango e suco de laranja
RIO/CURITIBA – amendoim torrado, torradinhas Bauducco, Polenguinho, muffin de chocolate e suco de pêssego
CURITIBA/POA - pastel de forno de frango com requeijão, rocambole de damascos e suco de pêssego

Não me importaria de todos os dias, às 10:00 e às 16:00 horas, receber uma caixinha dessas aqui na minha mesa. O único problema é lembrar que na minha próxima viagem, todos os vôos, cheios de escalas e conexões são Gol. Já vi que vou voltar de Buenos Aires com estoque de barrinhas de cereal sabor abóbora com coco.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

O Rio de Janeiro é mesmo lindo

Ainda mais visto lá de cima.


















Rio de Janeiro nas versões obra e turismo.

ps: provavelmente eu nunca mais encontre o sueco que cortou da foto a mão do Cristo. Se ele tivesse tirado a minha foto antes de eu ter tirado a dele, eu cortava era a cabeça!

quarta-feira, 13 de junho de 2007

O Rio de janeiro continua lindo...

...e eu só vou pra lá a trabalho.



Romantismo pós dia dos namorados

Conversa no fim do dia:

- Tá, já que tu não vai poder escalar o Aconcágua, porque tu não sobe outro, sei lá, pra onde é mesmo que foi aquela mulher?
(pausa de 1 segundo, não suficiente para eu complementar a frase...)
- Que mulher Kelen? A Bruna Lombardi? A Maitê Proença? A Magda Cotofre?
- Pelo amor de Deus, de onde saíram estes nomes???
- Adolescência Kelen! Está na ordem que me faziam... (gestos obscenos, muitos deles)

Ele me faz rir. E às vezes quase chorar.

terça-feira, 12 de junho de 2007

O segredo

Estava almoçando em Gramado e pra variar, por algum motivo qualquer, reclamando do meu namorado. Daí veio a pergunta:

- Vem cá hein, se tu só reclama dele, o que ele tem de bom?

Cabem aqui duas explicações. Uma minha e outra do texto do David Coimbra que meu cunhado me fez ler. A minha é curta e simples: eu sou chata, muito chata. A dele é essa aqui:

"Caminhava entre os ipês do Menino Deus pensando que, realmente, um homem jamais deve usar calça sem bolso, quando um grito estourou no ar límpido da manhã:
- Tu achaca!!!
Olhei para o outro lado da calçada, de onde viera o berro. Um casal que brigava. Ambos descalços, vestidos com trapos, a pele encardida de sujeira. Dois mendigos. Ou moradores de rua. Ou o que o valha. Ele andava um pouco à frente dela, dois ou três passos. Ela tentava alcançá-lo. Ele, de novo:
- Tu achaca!!!
Ela achacava, portanto. E nem tentava defender-se, apenas o insultava:
- Seu WOLFREMBAERHOCKEPROTTE!!!
Mais ou menos isso. Embora o xingasse, corria atrás dele. Ele não diminuía o passo, não olhava para trás, marchava resoluto, repetindo sempre:
- Tu achaca!!!
Era um grito poderoso, indignado, que fazia o dia estremecer. Estava furioso, nem queria conversa com ela, mas ela, via-se, não deixaria que ele se fosse sem uma gorda discussão. Como não gosto de brigas de casal, não esperei pelo desfecho do conflito. Estuguei o passo e segui caminho. Longe, ainda ouvia:
- Tu achaca!!!
Meia hora após chegar em casa, esqueci os dois. Voltei às reflexões sobre o quanto é inadequado calça sem bolso para homens. Passados uns 10 dias, saí para caminhar mais ou menos pelo mesmo local, e quem vejo? Ele e ela. As roupas eram os farrapos de antes, os pés continuavam nus, eles ainda tinham a pele cinzenta de sujeira, tudo igual. Só que diferente. Porque não brigavam mais. Ao contrário: estavam abraçados, andavam lado a lado, conversando. Fiquei feliz ao constatar que haviam se reconciliado. Busquei um ângulo melhor para observar a expressão dos rostos deles. Queria descobrir se estavam alegres realmente, ou se algum deles restava ressentido. Foi então que vi. Ele falava. Com o braço esquerdo, cingia os ombros dela. Com o direito, gesticulava. Contava uma história, acho, e contava com espírito. E ela... ela ria! Ria um riso contente e gostoso, um daqueles risos que vêm do estômago e fazem todo o corpo estremecer e deixam o dia azul e amarelo. Aí entendi por que ela, apesar da raiva da discussão de há 10 dias, corria atrás dele, ansiosa por não deixá-lo fugir. Ele a fazia rir. Um homem, quando consegue fazer uma mulher rir, esse homem, quando parte, ele faz falta a essa mulher."

David Coimbra - A dicussão

É só isso, ele me faz rir. Simples assim.

I'm in love...

Não é uma paixão?

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Romantismo na véspera do dia dos namorados

-Tu sabe né, tu me ganhou foi com a bunda.

Só podia ter me contado isso antes de eu ter me esforçado tanto na cozinha. Ou antes de ter visto tanto filme ruim no cinema só pra agradar.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Oração de agradecimento

Senhor
Obrigada, muito obrigada.
Eu sei que já fazia mais de 5 meses que a promessa estava feita. Tanto tempo que já não lembrava se havia prometido 1 ou 10 voltas ao redor do Beira Rio se o Inter fosse campeão do Mundo. O castigo foi grande pela minha demora, 2007 não tem sido um ano fácil pro meu time. Mas ontem o senhor viu, eu fui lá. Tudo bem, foi de bicicleta, mas senhor, eu fui de bicicleta desde o Parque Farroupilha! E no fim a volta foi muito mais difícil, já que foi feita com obstáculos dado o número de torcedores que estavam por lá.
E mais. Por causa do estacionamento fechado, tive que dar praticamente duas voltas! Quer mais dificuldade ainda? Tive que convencer meu namorado gremista que estava junto, que eu PRECISAVA fazer aquilo. Então senhor. Eu fiz a minha parte, o senhor fez a sua, e o time fez a dele. Obrigada pelo título da Recopa!

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é

Quando eu era mais nova (bem mais nova), lá pela quarta ou quinta-série, sentia muita inveja de algumas coleguinhas do colégio. Elas tinham os cabelos impecavelmente lisos e graciosamente presos por uma tiara, acho que nunca ficavam gripadas, pelo menos nuca ouvi elas sequer espirrarem. Os livros delas não tinham orelhas e os cadernos pareciam todos de caligrafia. A impressão que eu tinha é que nem a borracha fazia farelo na mesa delas. Eu olhava praquilo e ficava triste. Nunca consegui apagar uma palavra escrita errada sem amassar ou rasgar uma folha ou então gerar um borrão, minha letra nunca foi digna de algum elogio, meu cabelo já não colaborava embora eu tentasse (em vão) domar ele com um bucle e a impressão que eu tenho é que eu vivia fungando, com o nariz vermelho e escorrendo.
Hoje, descendo da lotação, dei de cara com uma daquelas colegas, hoje já na versão mulher. Cada fio de cabelo dela não se moveria nem se passasse um tufão. A pele não tinha sequer um sinal, a roupa era totalmente combinada e ajustada, ela usava uma bolsa pequena e não carregava nada além de uma agenda na outra mão, impecavelmente feita. E do outro lado estava eu, igualzinha a Kelen da época do Colégio Marista. O cabelo tentou ser domado por dois tic tacs, mas decidiu não obedecer. No rosto, mais uma vez faltou o gloss na boca, a pinça na sobrancelha e sobrou a marca daquela espinha que não devia ter sido espremida. A manga da blusa de baixo teimava em aparecer, fugindo por baixo da manga da blusa de cima e a manta que deveria estar enrolada no pescoço, teimava em escapar bolsa a fora. Esta última, gigante e entreaberta, parecia carregar a casa e ainda assim a outra mão, com as unhas já desfeitas, equilibrava duas sacolas enormes e um saquinho do Mc Donalds.
Por sorte hoje o nariz não estava escorrendo, o casaco não teria bolso para o lenço de papel que estaria pendurado em uma das mãos. E quanto a letra, bom, agradeçam por eu estar digitando em um computador.

terça-feira, 5 de junho de 2007

05|06|07

Não é um ótimo dia para respirar fundo e contar até dez
(antes de dar um karatê alguém)?

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Tolerância zero. Ou menos

Níveis de tolerância padrão

Se eu briguei com o namorado...........................8
Se eu estiver com frio.......................................7
Se tiver muito trabalho...................................6
Se eu estiver me achando gorda..................5
Se eu estiver sem dinheiro........................4
Se eu não dormi direito..........................3
Se o meu time perdeu..........................2
Se eu estiver com fome......................1
Se eu estiver em TPM........................0

E Deus me ajude que não seja segunda-feira.